sábado, 28 de fevereiro de 2009

Moleskine

As férias deste ano foram bem curtinhas. Ainda assim foi o tempo suficiente e necessário para que pudéssemos parar, sair da rotina e curtir as muitas brincadeiras em família. Envoltos nas demandas diárias do trabalho, nem nos damos conta de como esta paradinha estratégica é terapêutica e necessária. Só quando paramos - e pautamos as atividades do dia a partir de outras demandas - é que sentimos o quanto ficamos distantes de uma porção de coisas simples e muito importantes para uma vida saudável e feliz.

Além das brincadeiras diárias na beira da praia, levei vários livros que estavam aguardando para serem lidos, ansiosos na cabeceira da minha cama. E levei, também, o meu Moleskine, fabricado à mão, exclusivamente para mim, pelo meu grande amigo e camarada, Nairo Moleda.Moleskine é uma marca de cadernos de notas produzida pela empresa italiana Moleskine SRL. Embora o nome aluda ao tecido de mesmo nome, moleskin, o caderno não é produzido ou revestido com ele, e sim com uma capa dura de cartão envolvida por material impermeável.

Outras características que a distinguem são cantos arredondados, uma tira de elástico para mantê-la fechada (ou aberta em determinada página) e uma lombada costurada que permite que ela permaneça chata (a 180 graus) enquanto aberta. A folha de rosto vem impressa para que o seu proprietário possa escrever os seus dados pessoais, assim como estipular um valor de recompensa caso alguém a encontre perdida.

A Moleskine voltou à moda em nossos dias após as descrições feitas pelo escritor Bruce Chatwin dos cadernos de notas que usou. A sua versão actual, entretanto, não é uma descendente directa da Moleskine original. Chatwin usou cadernos de notas similares constantemente durante as suas viagens e escreveu brilhantemente acerca deles.

O seu suprimento de cadernos, entretanto, cessou em 1986, quando a papelaria que lhos fornecia, na Rue de l’Ancienne Comédie, em Paris, informou-o de que o último fabricante de moleskines, uma pequena empresa familiar estabelecida em Tours, descontinuara a sua produção naquele ano, após o falecimento de seu proprietário.

Embora a Moleskine srl divulgue que os seus cadernos de notas foram utilizados por reputados intelectuais que influenciaram a cultura no século XX – escritores e artistas como Vincent van Gogh (1853–1890), Henri Matisse (1869–1954), Pablo Picasso (1881-1973), André Breton (1896-1966), Louis Férdinand Céline e Ernest Hemingway (1899-1961) -, a marca Moleskine foi registrada oficialmente apenas em 1996, voltando a ser lançada em 1998. Francesco Franceschi, titular do Departamento de Marketing da Modo & Modo, foi citado como tendo afirmado, "É um exagero. É marketing, não ciência. Não é a verdade absoluta.".

Um escritor que confirmou utilizá-las é Neil Gaiman, que escreveu acerca da sua paixão pelas Moleskine em seu blog. O roteirista neerlandês Simon de Waal também usa cadernos de notas Moleskine. Em uma entrevista afirmou usar as Moleskine pequenas para tomar notas de pesquisa e guardar idéias, e as de maiores dimensões para cada script e livro que escreve. Dave Eggers usa as Moleskine para escrever enquanto viaja, e o seu livro de contos "How We Are Hungry" foi lançado originalmente com uma capa imitando uma Moleskine.

Em 2006, a Modo & Modo, a sua antiga editora italiana, iniciou uma busca para vender a empresa ou associar-se a alguém que auxiliasse na sua expansão. De acordo com um artigo de 2006 no Telegraph, a empresa reportou que, com o seu pequeno quadro de pessoal, não estava a conseguir atender a demanda. Em Agosto de 2006, o fundo de investimentos francês Société Générale adquiriu a Modo & Modo por 60 milhões de Euros.

As versões "standard" apresentam-se em dois tamanhos, o pocket, com 3.5 por 5.5 polegadas (9 x 14 cm) e o large, com 5.25 por 8.25 polegadas (13 x 21 cm).

- os pocket notebooks estão disponíveis em diversos tipos: pautado, quadriculado, liso, agenda de endereços, caderno de anotações e de pauta musical (192 páginas cada); caderno de esboços e "storyboard" (80 páginas em papel mais denso); álbum de bolso japonês (60 páginas dobradas em zig-zag); e bolsos de memória (seis bolsos ao invés de folhas de papel).

- os large notebooks estão disponíveis nos modelos pautado, quadriculado, liso e agenda de endereços (240 páginas); caderno de esboços, com 100 páginas; e bolsos de memória (seis bolsos).

- Diaries disponíveis nos tamanhos pocket e large, como os anteriores, e nas versões "diário" e "diário semanal". Cadernos de notas semanais também estão disponíveis. Estes apresentam um novo layout, com a semana em uma vista de olhos à esquerda e papel liso de anotações à direita. A versão de 18 meses vai de Julho a Dezembro. Eles têm capas maleáveis, como a linha Cahier, e estão disponíveis nos formatos pocket (9 × 14 cm) e large (13 × 21 cm). Complementarmente, vêm em papel mais fino do que os cadernos de notas tradicionais para permitir que as linhas do papel de notas sejam vistas através da página. Têm um bolso interno no final.

- Cahier (Fr. para "caderno de notas", pronunciado "kah-yay", /ka'je/) cadernos de notas mais finos, apresentados em conjuntos de três. Eles também estão disponíveis em duas cores diferentes, preto ou camurça ("kraft"). Eles têm uma capa mais fina, de cartão flexível, sem a fita marcadora e o fecho elástico presentes nos demais cadernos de notas, mas com a costura da lombada visível. Os três tamanhos são pocket (64 páginas), large (80 páginas) e extra large (7.5 por 9.75 polegadas (19 x 25 cm); 120 páginas); cada tamanho é oferecido nas variedades pautado, quadriculado ou liso.

- Repórter – estes cadernos de notas são similares aos da linha "standard", excepto que têm lombada no topo, em vez de na lateral. São comercializados nos tamanhos pocket e large, e nos tipos pautado, quadriculado e liso.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moleskine
www.kaiermoleda.blogspot.com
kaier.moleda@gmail.com

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