segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Ciclo Projeto & Obra

Instituto de Arquitetos do Brasil - RS



ANTES DE MAIS NADA CONSTRUÇÃO

Definir o que seja Arquitetura na atualidade, em um mundo complexo e sujeito a mudanças tão aceleradas, não é tarefa fácil. Entretanto, há um notável consenso sobre a definição dada pelo Arquiteto e Urbanista Lúcio Costa (1902-1998):

"Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto desde a germinação do projeto até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada."

COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: Lúcio Costa, Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. 608p.il.

Neste sentido, a divulgação e difusão de nossa produção são fundamentais para a compreensão da Arquitetura na atualidade. O Ciclo Projeto & Obra foi estruturado a partir de uma seleção pública de trabalhos, da qual participei como membro da comissão de seleção junto com outros colegas. Foram selecionados quase 50 projetos e obras realizados nos últimos 5 anos por arquitetos e urbanistas gaúchos ou radicados no Rio Grande do Sul, para sua apresentação pública em datas reservadas no projeto cultural Quarta no IAB, do Departamento do IAB no Rio Grande do Sul. Os trabalhos selecionados reúnem uma significativa quantidade de projetos e obras de arquitetura e urbanismo de excelência que incentivam o debate aberto sobre a nossa produção atual e sobre os rumos da arquitetura gaúcha, e permite através deste catálogo e de outras publicações, a divulgação desta produção entre os profissionais e para toda a sociedade gaúcha.

A análise do conjunto dos trabalhos apresentados nos permite algumas conclusões acerca da nossa produção arquitetônica. A primeira, flagrante, é a qualidade dessa produção. Não apenas a qualidade dos projetos, mas também a competência do arquiteto construtor, executando no canteiro de obras seus desígnios. Como disse Lúcio Costa na citação acima, “arquitetura é antes de mais nada construção”, e o material reunido nesse catálogo permite identificar uma relação direta entre o projetista e o construtor da obra, coerente com a afirmação do mestre Lúcio. A segunda conclusão é a grande diversidade das áreas de atuação profissional, característica de nossa formação generalista, expressa na variedade dos trabalhos apresentados. Diversidade de áreas de atuação, de locais e origens dos arquitetos, de programas, de conceitos formais, de arranjos funcionais, de soluções técnicas e construtivas, de linguagens e estilos, de escalas de intervenção, todos com uma característica comum: a qualidade. Uma possível terceira conclusão é a disparidade entre os projetos e obras apresentados quando comparados com a grande maioria das construções e espaços de nossas cidades. É de fácil percepção, a partir da análise atenta e criteriosa dos projetos apresentados, a diferença entre esses trabalhos e as obras que nos são impostas diariamente pelo poder público ou pelo mercado imobiliário, ambos desatentos, para dizer o mínimo, aos atributos da qualidade formal e espacial, e da excelência da arquitetura e do urbanismo. As administrações públicas, enquanto seguirem priorizando o menor preço em suas licitações, seguirão condenando as nossas cidades e edifícios públicos à banalidade, sendo mal projetados, mal detalhados, mal orçados e, por consequência, mal construídos. E o mercado imobiliário, enquanto seguir acriticamente sendo comandado por profissionais de outras áreas e marqueteiros, igualmente seguirá nos impondo seus conceitos superficiais, vulgares e gananciosos.

A arquitetura é arte, ciência e ofício. Arte, na medida em que ultrapassa seu papel de abrigo, quando supera a esfera prática e começa a dizer algo sobre os aspectos culturais de uma civilização. É ciência, na medida em que se vincula aos processos e métodos científicos de proposição e análise do comportamento humano e das suas necessidades mais elementares, da produção eficiente e sustentável no canteiro de obras, do controle do consumo energético, dos novos materiais e técnicas construtivas de baixo impacto ambiental. E é ofício, principalmente, pois a partir das ações concretas diárias, os arquitetos e urbanistas criam e transformam as nossas cidades e vivem dignamente com o fruto do seu trabalho inovador e empreendedor.

Os trabalhos apresentados nos permitem concluir que os profissionais da área estão preparados para oferecer à sociedade as soluções que essa necessita. Precisamos estar mais presentes e atuantes não apenas na nossa profissão e em nossas entidades, mas também no convencimento da sociedade da nossa utilidade e competência.

Ciclo Projeto & Obra 2015/2016
Revista Espaço - Iab RS
Arquitetura, Urbanismo, Cidade, Cultura
Dezembro de 2016 - Edição Especial
Página 56

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

IABRS e SAERGS - 2017|2019

Posse das novas diretorias

Neste sábado, dia 17 de dezembro, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB RS) e o Sindicado dos Arquitetos no Estado do RS (SAERGS) realizam a cerimônia de posse de suas novas diretorias para o triênio 2017/2019 e comemoram o Dia do Arquiteto e Urbanista. O evento será realizado a partir das 11 horas, no Solar do IAB RS, na Rua General Canabarro 363, no Centro Histórico de Porto Alegre.

Na ocasião, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS - CAU/RS abrirá no local uma exposição do acervo de seu memorial, com importantes registros, documentos e obras de arquitetos gaúchos. Já o IAB RS lança as edições especiais da Revista Espaço "Projeto & Obra" e "Prêmio Memória da Arquitetura da cidade de Rio Grande".

O dia também será de homenagens e premiações. O Sindicato dos Arquitetos do RS entrega o Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano SAERGS 2016, que completa 20 anos. A premiação, em cinco categorias, reconhece profissionais pelas suas atividades de alcance científico, político, social e tecnológico.

Os colegas homenageados são:
Arquiteto e Urbanista do Ano 2016
Setor Público - Luiz Merino de Freitas Xavier
Setor Privado - Ricardo Ruschel - Smart!
Jovem Arquiteto - Otávio Riemke - RMK!
Homenagem especial - Edgar do Valle
Homenagem Honorífica - Juarez Ribeiro

O IAB RS homenageará os arquitetos Roberto Py Gomes da Silveira (in memoriam) e Cesar Dorfman, com o título de "Arquiteto Benemérito", pelos serviços prestados à arquitetura gaúcha, como primeiro Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul - CAU/RS, e primeiro Conselheiro Federal no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU BR, respectivamente. Os proprietários, durante décadas, da Livraria do Arquiteto, Ignácio Benites e Cristina Cordovero Moreno, recebem a homenagem de "Arquiteto Honorário".

Após o encerramento da cerimônia o Bar do IAB estará aberto aos convidados para a comemoração do Dia do Arquiteto e Urbanista, celebrado no dia 15 de dezembro.

SERVIÇO
O que: Dia do Arquiteto e Urbanista e Posse das diretorias do IAB RS e SAERGS
Quando: 17 de dezembro (sábado), às 11 horas.
Onde: Solar do IAB RS (Rua General Canabarro 363, Centro Histórico de Porto Alegre)

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
11h00 - Recepção dos convidados / Abertura Exposição CAU/RS
11h30 - Início da Solenidade / composição da mesa com autoridades
12h15 - Homenagem do IAB RS para arquitetos gaúchos - Cristina Moreno e Ignácio Benites, Cesar Dorfman e Roberto Py (conjunta)
13h00 - Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano - SAERGS
- Vídeo de Abertura do Saergs
- Vídeo por Categoria
- Vídeo por Premiado
- Fala dos Premiados
13h45 - Posse das novas diretorias do IAB RS e SAERGS
14h30 - Coquetel para os convidados
15h30 - Início da Festa do Dia do Arquiteto + abertura do Bar do IAB (aberto ao público em geral)
16h00 - Show da banda "Inserções em Circuitos Ideológicos" (Jazz/Fusion)
17h00 - Show da banda "Coxinhas e os Petralhas" (Pop Rock)

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Croquis Urbanos 6

Desenho de Observação

Já estamos indo para o sexto encontro do grupo Croquis Urbanos. Que beleza!! Estão todos convidados: desenhistas iniciantes, amadores, estudantes e profissionais. Nosso próximo encontro será na antiga Cervejaria Brahma – Largo Theo Wiederspahn (Centro Cultural Total). Levem seus materiais para desenho, convidem seus amigos e vamos aprender uns com os outros!



Croquis Urbanos 6
Data: 11 de Dezembro de 2016 (domingo)
Horário: das 10:30h às 13h
Local: Cervejaria Brahma – Largo Theo Wiederspahn (Centro Cultural Total)

Não percam!

sábado, 26 de novembro de 2016

Atelier II - FauUlbra - 2016/2

PAINEL FINAL

Nos dias 13 e 14 de dezembro (terça-feira e quarta-feira) ocorrerão as bancas de apresentação dos Trabalhos de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FauUlbra. Nestes dias, nos turnos da tarde e noite, serão apresentados 10 trabalhos com os mais diversos temas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. As bancas são abertas ao público e ocorrerão na sala 210 do prédio 14 (FauUlbra). Em paralelo ao desenvolvimento das bancas os visitantes terão a oportunidade de ver os 10 trabalhos expostos na sala 316 do prédio 14.
Não percam!

Cronograma das atividades:

13/12
Terça-feira

Alunos:
Luciane S. de Lemos Costa
Evandro Almeida
Marcelo José dos Santos
Nathalia Simões dos Santos
Vera dos Santos Pereira

Banca:
Prof. Arq. Daniel Pitta Fischmann (PucRS / Ipa)
Profa. Arqa. Patrícia de Freitas Nerbas
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

14/12
Quarta-feira

Alunos:
Bruna Serafini Rossi
Gabriela Sachini
Narjara Scaravonatti
Diônata Santos da Silva
Nicole Ghisleni Pinto

Banca:
Prof. Arq. Fabio Bortoli (UniRitter)
Prof. Arq. Rodrigo Allgayer
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

TCCII - FauPucRS - 2016/2

PAINEL FINAL

Terão início no próximo dia 05 de dezembro (segunda-feira, 14h) as bancas de apresentação dos Trabalhos de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FauPucRS. Entre os dias 05/12 e 09/12, nos turnos da tarde e noite, serão apresentados 20 trabalhos com os mais diversos temas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. As bancas são abertas ao público e ocorrerão na sala 215 do prédio 9 (FauPucRS). Em paralelo ao desenvolvimento das bancas os visitantes terão a oportunidade de ver os 20 trabalhos expostos no saguão da faculdade.
Não percam!

Cronograma das atividades:

05/12
Segunda-feira

Alunos:
Nathalia Saldivia da Silva
Augusto Ferronatto Maffacioli
Andressa de Freitas Machado
Denise Esther F. de Souza
Elisa de Abreu Souza
Luiz Henrique Bongiolo Grillo

Banca:
Prof. Arq. Leonardo Hortêncio (Ufrj)
Prof. Arq. Daniel Pitta Fischmann
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

07/12
Quarta-feira

Alunos:
Rafaella Belmonte Monteiro
Marina Fontella e Silva
Gabriela Vieira de Brito
Letícia Alves Arruda
Caroline de Avila

Banca:
Prof. Arq. Daniele Caron (Ufrgs)
Profa. Arqa. Leila Nesralla Mattar
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

08/12
Quinta-feira

Alunos:
Ana Carolina S. dos Santos
Cristina Dornelles Gandolfi
Tatiana Saling
Rafaela Guedes Frantz
Raquel Siega Araujo
Tiago Scheibel

Banca:
Prof. Arq. Carlos Goldman (Feevale)
Profa. Arqa, Cassandra Salton Coradin
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

09/12
Sexta-feira

Alunos:
Amanda de Souza Eifler
Marina Seraglio Christ
Sandro Rafael Dornelles Avila

Banca:
Prof. Arq. Margot Caruccio (Unisinos)
Profa. Arqa. Caroline Kuhn
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Volta ciclística

Arquitetos e urbanistas gaúchos realizam no próximo dia 9 de dezembro volta ciclística em Porto Alegre para alertar sobre a necessidade de valorização de modos de transporte mais eficientes e de menor impacto nas cidades. A 1ª Volta Ciclística dos Arquitetos e Urbanistas iniciará às 19h com concentração no Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. O evento é uma realização do Sindicato de Arquitetos e Urbanistas do Rio Grande do Sul (Saergs) e do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RS) e conta com o apoio de alguns grupos de ciclistas, como Ped Alegre, Bike Anjo e Mobicidade.

Segundo o ciclista e presidente eleito da Federação Nacional dos Arquitetos (FNA), Cicero Alvarez, o evento surgiu para chamar a atenção dos colegas sobre a discussão da mobilidade e mostrar a necessidade de olhar para a bicicleta sem preconceito. "O Joel era um excelente arquiteto, muito respeitado pelo seu talento e pela pessoa que era. Adorava se deslocar de bicicleta, inclusive profissionalmente. A imprudência de um cidadão que não deveria estar dirigindo, muito menos comercialmente, ceifou sua vida". A ideia da Volta é ampliar a discussão, homenagear o Joel e lutar para aumentar a segurança e melhorar a forma como o transporte de bicicleta é visto pelos motoristas. "A ação conjunta com o IAB-RS e outras instituições mostra que é uma pauta da sociedade", conclui.

A posição é compartilhada pela presidente do Saergs, Andréa dos Santos. “Realizar a Volta Ciclística é homenagear Joel Fagundes e todas as pessoas que agem em favor das cidades mais equilibradas e com mais qualidade ambiental, priorizando o espaço urbano para todos”, destaca. Ela lembra da importância do planejamento das cidades, valorizando a coletividade, o lazer e a mobilidade urbana. Andréa ainda falou na questão do momento conturbado que o Rio Grande do Sul está passando, devido aos inúmeros cortes de gastos e às extinções de instâncias que fazem a gestão do planejamento e implementação das políticas públicas. “A Volta Ciclística assume um papel de alerta aos retrocessos que virão com a falta de uma mobilidade adequada à realidade dos centros urbanos local e metropolitanos”, afirma.

Rafael Passos, vice-presidente do IAB-RS, confirma a opinião dos dois colegas em incentivar esse processo de reconhecimento da sociedade para com os ciclistas. "Essa aproximação das entidades é ótima e aproveita a homenagem ao Joel para conscientizar os motoristas. Apesar do crescimento das ciclovias, os ciclistas não tem espaço na rua". Ele ainda destaca o julgamento do motorista que atropelou 17 ciclistas na capital gaúcha em 2011, e afirma: "eventos como a Volta Ciclística devem manter uma tradição e continuar acontecendo".

A Volta começou em 2015, como uma ação do Saergs em memória do arquiteto e urbanista Joel Fagundes. Ciclista, ele foi vítima de atropelamento por carro quando pedalava na avenida Severo Dullius, na capital gaúcha. Joel tinha 60 anos e utilizava a bicicleta como principal meio de transporte dentro e fora da cidade. Era conhecido pela sua genialidade criativa referenciada nos trabalhos que realizou na Bienal do Mercosul.

Resultado das Eleições no IabRS - 2017/2019

O IAB RS encerrou na noite desta quarta-feira (23/11) as eleições para o triênio 2017/2019. Ao todo foram 111 votantes. A chapa Cidade|Movimento foi eleita com 106 votos, sendo 42 votos de 12 núcleos do interior do Estado. As eleições definiram o Conselho Diretor, Conselho Fiscal, Conselho Superior, Conselho Estadual e Núcleos para o triênio 2017/2019.

CONSELHO DIRETOR
Presidente: Rafael Pavan dos Passos
1º vice-Presidente: Maria Tereza Fortini Albano
2º Vice-Presidente: Ednezer Rodrigues Flores
3º Vice-Presidente: Clarice Misoczky Oliveira
Diretor Administrativo: Marcelo Gribov Brinckmann
Diretor Administrativo Adjunto: Elena Santos Graeff
Diretor Financeiro: Marcelo Arioli Heck
Diretor Financeiro Adjunto: Lucas Bernardes Volpatto
Diretor Cultural: Vinícius Vieira de Souza
Diretor Cultural Adjunto: Carolina Pires Pizzato
Diretor Comunicação: Roberta Krahe Edelweiss
Diretor Comunicação Adjunto: Rodrigo Troyano Prates

CONSELHO FISCAL
Geraldo da Rocha Ozio
Rômulo Plentz Giralt
Tiziano Filizola

CONSELHO SUPERIOR
Briane Panitz Bicca - Clóvis Ilgenfritz da Silva
Carlos Alberto Sant´Ana - Emilio Merino Dominguez
Cesar Dorfman - Paulo Ricardo Bregatto
Claudio Fischer - Iran Fernando da Rosa
Ivan Mizoguchi - Salma Cafruni
Tiago Holzmann da Silva - Maria Dalila Bohrer

CONSELHO ESTADUAL
Alexandre Pereira Santos – 80 votos
Carlos Eduardo Pedone – 70 votos
Paulo Renato Bicca – 69 votos
Oritz Adriano Adams de Campos – 67 votos
Andreia Bocian – 51 votos
Gilda Maria Franco Jobim – 49 votos
Fábio de Medeiros Albano - 48 votos
Eloise de Brito Mudo – 47 votos
Edmundo Borda Thomé Francisco – 42 votos
Claudia Fávaro – 42 votos

SUPLENTES DO CONSELHO ESTADUAL
Fausto Steffen – 40 votos
Cristiano Lindenmeyer Kunze – 40 votos
Taiana Pitrez Tagliani – 36 votos
Flávio Maya Simões – 34 votos
Nara Helena Machado – 34 votos
Heleniza Ávila Campos – 28 votos
Carlos Fernando Seffrin – 26 votos
Gabriela da Siqueira – 26 votos
Alexandre Bento – 22 votos
Horácio Lopes de Moraes – 10 votos

DIRETORIA DOS NÚCLEOS

NÚCLEO CAXIAS DO SUL
Presidente: Silvia Rafaela Scapin Nunes
Vice-Presidente: Rodrigo Romanini
Secretário: Jeferson Rauber
Tesoureiro: Rafael Ártico
Representante COES: Rodrigo Romanini
Conselho Consultivo: Jaqueline Viel Caberlon Pedone
Conselho Consultivo: Carlos Eduardo Mesquita Pedone
Conselho Consultivo: Max Leonardo Manuel
Conselho Consultivo: Edson Marchioro
Conselho Consultivo: Greice Viviana Portal Salvati
Conselho Consultivo: Rodrigo Salvati

NÚCLEO ERECHIM
Presidente: Arq. Silvana Girardi
Vice-presidente: Arq. Gabriela Sutili
Secretária: Taiana Puhl
Tesoureira: Sidette Guerra
Coordenador técnico administrativo e comunicação social: Cássio Curzel
Representantes CoES: Luiz Brasil Fiori

NÚCLEO FREDERICO WESTPHALEN
Presidente: Jacson Rodrigo Freitas
Vice-Presidente: Diego Bertoletti da Rocha
Secretária: Joana Sartor Lamb
Tesoureira: Deise Flores
Representantes CoES: Gabriela Haubert Saraiva, Marcos Basso Ottonelli

NÚCLEO RIO GRANDE
Presidente: Guilherme Castro Dias
Vice-presidente: Sérgio Calheiros
Tesoureira: Rosana Senna da Silva
Secretária: Letícia Carneiro Estima
Representantes CoES: Evelise de Menezes, Suplente: Marcio Lontra

NÚCLEO SANTA MARIA
Presidente: Arq e Urb. Lidia Glacir Gomes Rodrigues
Vice-Presidente: Arq e Urb. Annelieze de Almeida Correa
Secretária: Arq e Urb. Rosana Kaus
Representante CoEs: Arq e Urb. João Ernesto Teixeira Bohrer

NÚCLEO TORRES
Presidente: Marcelo Koch
Secretária: Giana Paola Miron Brentano
Tesoureira: Raquel Linhares
Representantes CoES: Titular: Efreu Brignol Quintana, Suplente: Marcelo Koch

NÚCLEO VINHEDOS DA SERRA GAÚCHA
Presidente: Márcio Arioli
Vice-presidente: Marcelo Damazzini
Secretária : Simone Brum
CoEs : Maikel Negri - Suplente Cleison Magagnin
Conselheira COMPHAC: Marilei Piana Giordani

NÚCLEO REGIÃO DAS HORTÊNSIAS
Presidente: Humberto Hickel
Tesoureiro: Fernando Weck dos Santos
Secretario: Berta Zanatta

NÚCLEO OSÓRIO
Presidente: Teisla da Cunha Klein
Secretário: Alencar Massulo de Oliveira
Tesoureira: Jaiani Dewes

NÚCLEO DO VALE DOS SINOS
Presidente: Karen Kussler
Secretário: Jorge Stocker Jr
Tesoureira: Caroline Luana Carazzo

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

10 de Março de 2017

FauUlbra - Canoas

Meus queridos afilhados,

Muito obrigado, mais uma vez, pela homenagem que vocês me prestaram ontem em aula, me escolhendo para ser o paraninfo da turma. Não existe maior distinção acadêmica que um professor possa receber, do que ser escolhido pelos alunos para ser o padrinho da turma, neste importante ritual de passagem da vida acadêmica para a vida profissional. A surpresa e a emoção, como vocês presenciaram ontem, foi grande. E muito boa! Não somente pelo carinho que tenho por esta pequena turma em número de alunos, mas grande em qualidade, poder de reação, responsabilidade, alegria, senso ético e coragem para superar os desafios propostos pelo trabalho de conclusão de curso. Estas, de fato, são as qualidades que devem habitar a alma dos jovens arquitetos e urbanistas. Mas, também, pelo semestre tão simbólico que marca o meu retorno para esta escola, pela qual tenho muito carinho, onde me formei arquiteto e professor.



Ontem, enquanto arrumava as coisas no final da aula, fiquei lembrando do nosso primeiro encontro do semestre e dos olhares assustados de vocês diante da apresentação da proposta de trabalho do semestre. Naquele momento os desafios pareciam intransponíveis. Mas o semestre foi passando e fomos aprendendo juntos que fazer arquitetura e urbanismo, de fato, é ter tenacidade para fazer, refletir, refazer, criticar, autocriticar e fazer de novo. Não acredito naquela arquitetura que nasce de um gesto rápido único, mas sim naquela que é nutrida pelo trabalho sério, contínuo, diário, crítico e responsável. E isso não é tarefa fácil. É preciso, acima de tudo, saber da responsabilidade dos estudantes e futuros arquitetos e urbanistas, que logo terão que atender as demandas reais da nossa sociedade, tão carente de espaços públicos e privados de qualidade e de um senso ético e moral refinado. Estas qualidades vocês estão demonstrando ao longo deste semestre.

No caminho de volta para casa, fiquei lembrando do nosso semestre profícuo, das aulas, dos painéis, e fiquei curtindo este sentimento bom da bela homenagem. Para mim está sendo um privilégio caminhar com vocês nesta reta final. Vamos em frente, pois o semestre ainda não acabou e temos ainda muito trabalho pela frente. Avante, sejam pontos de luz neste mundo de escuridão que precisamos juntos mudar. Mais uma vez, muito obrigado!

Força e Honra
Saudação Romana

23/11/2016

terça-feira, 22 de novembro de 2016

NOvo Estado, NOvo Futuro

Não Estado, Não Futuro - Nota Pública do IAB RS sobre o Pacotão do Governador Sartori

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, liderado pelo Governador Sartori, frente à grave crise financeira do Estado, a qual se arrasta por décadas, anunciou um pacote de medidas denominado “Novo Estado, Novo Futuro”. Anunciadas como propostas de modernização repetem velhas receitas que já se mostraram ineficazes, posto que medidas semelhantes implementadas pelo Governo Antônio Britto, não ajudaram a resolver a situação como foram acompanhadas do maior aumento da dívida pública do Estado em uma única gestão.

O Instituto dos Arquitetos do Brasil, Departamento Rio Grande do Sul, entende que a saída para qualquer crise não se expressa pelo desmonte do Estado, demissão de servidores, supressão de direitos sociais e trabalhistas, aumento de impostos e contribuições ou pela extinção de instituições estratégicas para o desenvolvimento do Estado. Ao contrário, urgente é o fortalecimento do Estado e de suas funções, as quais não se atêm apenas à saúde, educação, segurança e infraestrutura, mas também à construção e liderança de um projeto de desenvolvimento, o que demanda instituições estatais fortes capazes de estabelecer as bases técnico-científicas para desencadear um processo de desenvolvimento sustentável, de forma planejada, gerador de inclusão social e qualificação do ambiente construído de forma igualitária e valorização do patrimônio natural e cultural.

Neste sentido, sem perder de vista a contrariedade com o conjunto das medidas, dispensamos especial atenção à extinção da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (METROPLAN), instituição fundamental para o planejamento e gestão de áreas metropolitanas e aglomerados urbanos do Estado; Fundação de Ciência e Tecnologia (CIENTEC), responsável por importantes pesquisas e produção de conhecimento; Fundação de Economia e Estatística (FEE), fundamental ente produtor de dados socioeconômicos e espaço qualificado de pesquisas; Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) e, ainda, à fusão da Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação à Secretaria de Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos. Notavelmente, a extinção da Fundação Piratini, responsável pela administração de dois reconhecidos veículos públicos de comunicação, e a extinção da Secretaria Estadual da Cultura merecem especial menção. O potencial da cultura para o desenvolvimento econômico e social é cada vez mais uma realidade mundial. A extinção destes dois instrumentos fundamentais para tal tarefa é o retrato do atraso que as medidas dadas como “modernizantes” representam. Em uma só ação o Governo tenta acabar com a Cultura, a Ciência e a Tecnologia, a pesquisa pública, o Planejamento Metropolitano.

Ainda a proposta de derrubada de plebiscito, previsto em Lei, para a privatização de companhias estatais de setores estratégicos, como o energético, e de recursos minerais, demonstra não só a falta de compromisso deste Governo com este princípio democrático, como também o reconhecimento de que tais medidas não contam e não contarão com o apoio da população. Destacamos, neste sentido, que este Governo em nenhum momento da campanha eleitoral manifestou a intenção de propor tais medidas, as quais, portanto, carecem de legitimidade social para sua implementação.

Solidarizamo-nos, finalmente, com os servidores estaduais, os quais têm sofrido com atraso e parcelamento de salários por quase um ano, e nos somamos aos mais amplos setores da sociedade gaúcha que demonstrará, nas ruas e junto aos poderes constituídos, sua resistência contra um projeto que visa a instalação de um Estado Mínimo de caráter financista, que privilegia alguns setores públicos e privados, em detrimento do direito de toda a população.

Novembro de 2016.
A Diretoria do IAB RS.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Eleições IAB RS 2016

CHAPA E CANDIDATURAS HOMOLOGADAS

O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB RS) convoca seus associados para a Assembleia Geral Ordinária, que ocorrerá no dia 23 de novembro de 2016, com o objetivo de realizar as eleições do Conselho Estadual, Conselho Diretor, Conselho Fiscal, Núcleos e representantes no Conselho Superior do IAB Nacional para o triênio 2017/2019.

A votação ocorrerá entre às 9h e as 21h, no Solar do IAB RS (Rua General Canabarro 363) e nos Núcleos do interior.

A chapa inscrita e a nominata dos candidatos é a seguinte:

Chapa IAB: CIDADE | MOVIMENTO

CONSELHO DIRETOR
Presidente: Rafael Pavan dos Passos
1º Vice Presidente: Maria Tereza Fortini Albano
2º Vice Presidente: Ednezer Rodrigues Flores
3º Vice Presidente: Clarice Misoczky Oliveira
Diretor Administrativo: Marcelo Gribov Brinckmann
Diretor Administrativo Adjunto: Elena Santos Graeff
Diretor Financeiro: Marcelo Arioli Heck
Diretor Financeiro Adjunto: Lucas Bernardes Volpatto
Diretor Cultural: Vinícius Vieira de Souza
Diretor Cultural Adjunto: Carolina Pires Pizzato
Diretor Comunicação: Roberta Krahe Edelweiss
Diretor Comunicação Adjunto: Rodrigo Troyano Prates

CONSELHO FISCAL
Geraldo da Rocha Ozio
Rômulo Plentz Giralt
Tiziano Filizola

CONSELHO SUPERIOR - Titular e Suplente
Briane Panitz Bicca - Clóvis Ilgenfritz da Silva
Carlos Alberto Sant´Ana - Emilio Merino Dominguez
Cesar Dorfman - Paulo Ricardo Bregatto
Claudio Fischer - Iran Fernando da Rosa
Ivan Mizoguchi - Salma Cafruni
Tiago Holzmann da Silva - Maria Dalila Bohrer

Candidatos ao CONSELHO ESTADUAL (em ordem alfabética):
1. Alexandre Pereira Santos
2. Alexandre Rosa Bento
3. Andreia Bocian
4. Carlos Eduardo Pedone
5. Carlos Fernando Seffrin
6. Claudia Fávaro
7. Cristiano Lindenmeyer Kunze
8. Edmundo Borda Thomé Francisco
9. Eloise de Brito Mudo
10. Fábio de Medeiros Albano
11. Fausto Steffen
12. Gabriela da Siqueira
13. Gilda Maria Franco Jobim
14. Graziela Schneider Venzon
15. Heleniza Ávila Campos
16. Flávio Maya Simões
17. Horácio Lopes de Moraes
18. Nara Helena Machado
19. Oritz Adriano Adams de Campos
20. Paulo Renato Bicca
21. Taiana Pitrez Tagliani

Diretoria dos NÚCLEOS:

NÚCLEO CAXIAS DO SUL
Presidente: Silvia Rafaela Scapin Nunes
Vice Presidente: Rodrigo Romanini
Secretário: Jeferson Rauber
Tesoureiro: Rafael Ártico
Representante COES: Rodrigo Romanini
Conselho Consultivo: Jaqueline Viel Caberlon Pedone
Conselho Consultivo: Carlos Eduardo Mesquita Pedone
Conselho Consultivo: Max Leonardo Manuel
Conselho Consultivo: Edson Marchioro
Conselho Consultivo: Greice Viviana Portal Salvati
Conselho Consultivo: Rodrigo Salvati

NÚCLEO ERECHIM
Presidente - Arq. Silvana Girardi
Vice-presidente - Arq. Gabriela Sutili
Secretária - Taiana Puhl
Tesoureira - Sidette Guerra
Coordenador técnico administrativo e comunicação social - Cássio Curzel
Representantes CoES: Luiz Brasil Fiori

NÚCLEO FREDERICO WESTPHALEN
Presidente Jacson Rodrigo Freitas
Vice Presidente Diego Bertoletti da Rocha
Secretária Joana Sartor Lamb
Tesoureira Deise Flores
Representantes CoES: Gabriela Haubert Saraiva, Marcos Basso Ottonelli

NÚCLEO RIO GRANDE
Presidente Guilherme Castro Dias
Vice presidente Sérgio Calheiros
Tesoureira Rosana Senna da Silva
Secretária Letícia Carneiro Estima
Representantes CoES: Evelise de Menezes, Suplente Marcio Lontra

NÚCLEO SANTA MARIA
Presidente: Arq e Urb. Lidia Glacir Gomes Rodrigues
Vice-Presidente: Arq e Urb. Annelieze de Almeida Correa
Secretária: Arq e Urb. Rosana Kaus
Representante CoEs: Arq e Urb. João Ernesto Teixeira Bohrer

NÚCLEO TORRES
Presidente: Marcelo Koch
Secretária: Giana Paola Miron Brentano
Tesoureira: Raquel Linhares
Representantes CoES: Titular: Efreu Brignol Quintana, Suplente: Marcelo Koch

NÚCLEO VINHEDOS DA SERRA GAÚCHA
Presidente : Márcio Arioli
Vice: Marcelo Damazzini
Secretária : Simone Brum
CoEs : Maikel Negri - Suplente Cleison Magagnin
Conselheira COMPHAC: Marilei Piana Giordani

Núcleos em formação:

NÚCLEO REGIÃO DAS HORTÊNSIAS
Presidente Humberto Hickel
Tesoureiro Fernando Weck dos Santos
Secretario Berta Zanatta
Representante CoES Humberto Hickel

NÚCLEO OSÓRIO
Presidente - Teisla da Cunha Klein
Secretário - Alencar Massulo de Oliveira
Tesoureira - Jaiani Dewes

NÚCLEO DO VALE DOS SINOS
Karen Kussler - Presidente do Núcleo
Jorge Stocker Jr - Secretário
Caroline Luana Carazzo - Tesoureira
Núcleos em situação pendente:
NÚCLEO ARQUITETOS DO LITORAL
NÚCLEO PELOTAS

Veja o Regulamento Eleitoral neste link:
http://iab-rs.org.br/upload/arquivos/Regulamentoeleicoes2016.pdf
Vote e reforce a representação da entidade.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Croquis Urbanos 5

Desenho de Observação

Já estamos indo para o quinto encontro do grupo Croquis Urbanos. Que beleza!! Estão todos convidados: desenhistas iniciantes, amadores, estudantes e profissionais. Nosso próximo encontro será na Vila Flores (Entrada pelo portão da Rua São Carlos – Porto Alegre), a partir das 14h. Levem seus materiais para desenho, convidem seus amigos e vamos aprender uns com os outros!



Croquis Urbanos 5
Data: 23 de Outubro de 2016 (domingo)
Horário: a partir das 14h
Local: Vila Flores (Entrada pelo portão da Rua São Carlos)

Não percam!

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A crise, os limões e as limonadas

Com muita frequência ouvimos dos governantes e gestores, como vetor de motivação nos tempos de crise, a seguinte frase: “Temos que fazer deste limão, uma limonada!”. Nunca vi precisão e eficácia nesta frase por reconhecer nela uma dose exagerada de resignação e impotência e, diante disto, uma explícita provocação para se fazer muito com pouco. Esquecem, os que fazem uso desta frase como um mantra de produtividade, que, com apenas um limão, quando muito, podemos fazer uma limonada para consumo próprio, enquanto a crise nos exige justamente o contrário: usar, com inteligência coletiva e proativa, a nossa capacidade de inovar e empreender para planejar, experimentar e construir estratégias de correção de rota e reversão da crise. Aceitar passivamente a crise, tendo como arma a metáfora do limão motivador, não é um caminho possível.

Mas inovação e empreendedorismo não nascem em qualquer lugar! É preciso, para tal, que o caminho esteja pavimentado com autonomia, investimento, inteligência coletiva e cultura experimental. Para acertar em cheio é preciso experimentar muito. E poder errar sem o medo da crítica. O erro é o registro das possibilidades, como muito bem a ciência e as grandes invenções tem nos demonstrado. A experimentação e o erro estão no cerne dos processos criativos e no DNA das ideias que geraram as grandes revoluções no campo da ciência e das artes. Portanto, justamente nestes momentos de economia retraída, não devemos ter medo de ousar e experimentar. Não devemos nos encolher e nos apequenar por medo de errar. Devemos ter coragem e persistência para repetir, para corrigir e acertar. Repetir e experimentar exige coragem e, por isso, são a base dos grandes acertos e das ideias verdadeiramente inovadoras, e isto no mercado competitivo e criativo atual tem muito valor.

Temos a tendência superficial de acharmos que a genialidade de uma grande ideia é fruto do instantâneo de uma única mente privilegiada. Quando fazemos isso, seja por conforto ou para explicar a nossa falta de atitude, damos as costas para o processo coletivo, contínuo e repetitivo das tantas experimentações e erros que vieram antes do acerto e que deram ao acerto o ambiente propício para sua invenção. Ser inovador, criativo e empreendedor não são o resultado de ações isoladas, instantâneas ou divinas. São o resultado de foco, fé e muito trabalho sério na busca de um objetivo e da superação da crise. Portanto, governantes e gestores, menos crença naquilo que não depende de nós, mais atitude e coragem para tudo que está dentro e depende de nós! Somos o que sabemos, acreditamos, pensamos e propagamos, mas seremos sempre lembrados pelo que fazemos. Mexam-se e deixem as metáforas e os limões em paz.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Croquis Urbanos 4

Desenho de Observação

Em cada encontro o grupo ganha mais participantes. Coisa boa!! Já estamos indo para o quarto encontro do grupo Croquis Urbanos. Estão todos convidados: desenhistas iniciantes, amadores, estudantes e profissionais. Desta vez vamos nos encontrar na Prainha da Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000 – Bairro Cristal – Porto Alegre), a partir das 14h. Levem seus materiais para desenho, convidem seus amigos e vamos aprender uns com os outros!

Recentemente a Fundação Iberê Camargo informou em seu site a restrição dos dias e horários para visitação pública, em consequência de uma política de contenção de custos. A partir de 30 de agosto, passou a atender o público apenas nas sextas-feiras e sábados, das 13h às 18h. Assim sendo, como a FIC estará fechada no domingo, nosso foco será o edifício e suas áreas externas. Considerando as belezas naturais do entorno, não teremos dificuldade em achar lugares interessantes para desenhar!!



Croquis Urbanos 4
Data: 25 de Setembro de 2016 (domingo)
Horário: a partir das 14h
Local: Fundação Iberê Camargo (áreas externas)

Não percam!

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Croquis Urbanos 3

Desenho de Observação

Estão todos convidados: desenhistas iniciantes, amadores, estudantes e profissionais. Desta vez vamos nos encontrar na Praça da Alfândega (Margs, Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural, entre outros), a partir das 14h, para registrarmos a cidade e seus habitantes. Levem seus materiais para desenho, convidem seus amigos e vamos aprender uns com os outros!



Croquis Urbanos 3
Data: 28 de Agosto de 2016 (domingo)
Horário: a partir das 14h
Local: Praça da Alfândega

Não percam!

domingo, 7 de agosto de 2016

Formatura - FauPucRS

Meus queridos colegas,

Obrigado pela linda homenagem que vocês me prestaram me escolhendo para ser o paraninfo da turma. A solenidade de formatura de ontem estava maravilhosa. Contagiante a alegria de vocês! Missão cumprida!! Desejo-lhes muito sucesso nas escolhas dos próximos desafios e muita lucidez e coragem para executar cada um deles, com senso ético e muita responsabilidade. Sejam solidários, sejam bons colegas e contem sempre comigo para o que der e vier! Um beijo carinhoso!

Discurso do Paraninfo
Salão de Atos da PucRS
21/08/2015

Componentes da mesa já citados,
Autoridades, familiares e amigos aqui presentes nesta noite de alegrias e festas,
Meus queridos colegas arquitetos e urbanistas:

Recebi com muita alegria e emoção o convite para ser o paraninfo desta turma de formandos. Esta homenagem que vocês me prestam, como forma de reconhecimento pelo meu trabalho, está entre as maiores distinções acadêmicas que um professor pode receber dos seus alunos. Não é pouco o privilégio de ser trazido por vocês para fazer uso desta tribuna com a nobre missão de conduzi-los da vida acadêmica para a vida profissional.

Minha alegria se amplifica por estar mais uma vez junto de vocês com a responsabilidade de apresentar à sociedade gaúcha a 31ª turma de muito bem preparados arquitetos e urbanistas. Este importante ritual de passagem está sendo coroado por outros dois fatos importantes:

Primeiro pelo momento histórico e simbólico comemorado ontem, pois a nossa escola completou 20 anos de existência. Diante desta importante comemoração o momento exige uma breve saudação aos diretores que nos trouxeram até aqui: Prof. Arq. Ivan Mizoguchi e Prof. Arq. Paulo Horn Regal, principalmente neste momento em que a nossa Fau promove modificações importantes na sua estrutura de ensino, calcadas na reflexão profunda e necessária do seu projeto pedagógico buscando alinhamento com as reais demandas da sociedade e da nossa profissão.

E segundo, pelo carinho que tenho por esta turma, onde tive o privilégio de fazer ótimos amigos, nas disciplinas que cursamos ao longo do curso – em especial neste último semestre do trabalho de conclusão.

Divido esta homenagem e alegria com os meus colegas da Fau, principalmente àqueles com os quais divido Ateliês e que, com sua postura comprometida com a qualidade e com as demandas reais do nosso ofício, tem dado grandes contribuições ao ensino de arquitetura e urbanismo e ao reconhecimento de nossa prestigiosa escola, como uma das melhores do Estado.

Devo dizer que a emoção de estar aqui novamente é sempre única!
Não apenas por se tratar de uma nova turma, ou pela oportunidade de me reciclar com a diversidade dos seus tantos projetos, ou ainda pelo prazer imensurável de me renovar com a energia vibrante que habita o coração de todo estudante de arquitetura – com seus sonhos e desejos revolucionários – mas, principalmente, pelo impacto positivo deste convite quando associado ao momento íntimo e pessoal diante da vida, sempre justa, dinâmica e em constante transformação.

O convite veio em boa hora! Num momento de muitas reflexões profissionais e fortalecimento de convicções sobre os necessários avanços na formatação do ensino superior mais identificado com as demandas reais do ofício e sobre as características e qualidades que o jovem arquiteto do século XXI deve possuir.

Nossa estimada Fau tem feito esforços imensuráveis para se manter fiel às suas origens e à frente da crise generalizada que o ensino universitário enfrenta em nosso país, permitindo a cada um de vocês a certeza e a segurança de que possuem uma formação diferenciada, sólida e de qualidade e, portanto, devem seguir em frente de cabeça erguida assumindo com zelo ético e rigor técnico os desafios profissionais que irão surgir no fazer diário do nosso ofício.

Ainda guardo carinhosamente na lembrança a imagem de cada um de vocês no início da faculdade, quando, naquele tempo distante, vocês ainda eram muito mais provocados pelas impaciências juvenis do que pelos desafios propostos pelo curso. Lembro-me das suas dúvidas, das conversas de bar e aconselhamentos de corredor, dos seus medos e das suas angústias diante da escolha do ofício e do futuro, como se a dúvida e a expectativa do inesperado fossem características apenas da tenra idade.

O tempo foi passando e fomos vencendo juntos a matriz curricular que, em alguns momentos, parecia infinita. Nesta trajetória a minha maior alegria sempre foi acompanhar os seus crescimentos acadêmicos e pessoais. Até que nos encontramos novamente no trabalho de conclusão. Lembro-me da nossa primeira aula do semestre e dos olhares assustados de vocês diante dos desafios propostos e das demandas anunciadas naquele instante.

Naquele momento tudo parecia tão distante e inatingível.

Mas o semestre passou. Trabalhamos bastante, convergimos e divergimos nos calorosos debates nos painéis, vislumbramos cidades, edifícios, espaços e construções melhores pela ótica dos seus tantos projetos defendidos na banca final com vigor, talento, convicção e competência. Fizemos arquitetura e urbanismo, de fato, nestes importantes debates, comprovando o quanto estão preparados para enfrentar o mercado de trabalho.

Nossas cidades dependem do nosso valoroso ofício. Ainda vemos as cidades crescendo desordenadamente sem o adequado e criterioso planejamento e com novas edificações e espaços públicos e privados desprovidos de qualidade. Muita construção e pouca arquitetura e urbanismo. Debatemos muito este tema nos diversos ateliês de nossa escola e temos que continuar a debatê-lo.

Fazer arquitetura e urbanismo é, acima de tudo, construir e reconstruir a paisagem das nossas cidades em maior ou em menor escala. Sempre que projetamos e construímos um novo edifício, estamos, com isto, alterando a paisagem a nossa volta, na maior parte das vezes, por um tempo que supera a nossa própria existência. Neste sentido, saibam que os melhores resultados são aqueles que abrem mão da monumentalidade individual em nome da beleza silenciosa e coletiva, são aqueles que agregam qualidade de vida aos usuários, são aqueles que reconhecem o valor da harmonia entre as partes e o todo, que primam pela construção da vitalidade de uma rua e de uma cidade melhor para se movimentar e viver com dignidade.

Colegas, isto não é uma tarefa fácil por tudo o que o nosso ofício significa e representa!

A arquitetura é arte, ciência e ofício. Arte na medida em que ultrapassa seu papel de abrigo, quando supera a esfera prática e começa a dizer algo sobre os aspectos culturais de uma civilização. É ciência na medida em que se vincula aos processos e métodos científicos de proposição e análise do comportamento humano e das suas necessidades mais elementares, da produção eficiente e sustentável no canteiro de obras, do controle do consumo energético, dos novos materiais e técnicas construtivas de baixo impacto ambiental. E é ofício, principalmente, pois a partir das nossas ações concretas diárias, transformamos o mundo que nos cerca e vivemos dignamente com o fruto do nosso trabalho inovador e empreendedor.

Mas inovação e empreendedorismo não nascem em qualquer lugar.
É preciso, para tal, que o caminho seja pavimentado com inteligência coletiva, autonomia, investimento e cultura experimental. Para acertar em cheio é preciso experimentar muito. Portanto, não tenham medo de ousar e experimentar. Tenham coragem e persistência para repetir, para poderem acertar. Repetir e experimentar exige coragem e, por isso, são a base dos grandes acertos e das ideias verdadeiramente inovadoras, e isto no mercado competitivo atual tem muito valor.

Ao longo destes vários anos que convivemos juntos na Fau, em especial neste último semestre, o debate coletivo, atento e respeitoso, sempre foi a nossa principal qualidade, assim como nosso espírito solidário de grupo. Vivemos em um planeta digital, conectados em rede, mas nunca nos comunicamos tão pouco e nunca estivemos tão sós e isolados. Portanto, sempre que possível, evitem o isolamento, pois ele nos leva sempre às ações individuais, enquanto que a arquitetura, por mais que exija alguns momentos de isolamento inventivo e reflexivo, é a ciência do coletivo. De todos, para todos.

Nunca percam de vista esta qualidade. Sermos bons profissionais é nossa obrigação, assim como sermos boas pessoas e bons colegas. Sejam solidários, uns com os outros. Somos o que sabemos, acreditamos, pensamos e propagamos, mas seremos sempre lembrados pelo que fazemos. Levem com vocês a certeza do respeito e admiração que tenho por cada um e saibam que podem continuar contando comigo sempre!

Dito isto meus queridos, resta-me apenas estender-lhes a minha mão mais uma vez e chamá-los para a vida profissional. Sejam sempre bons colegas, sejam bons projetistas, sejam bons construtores, sejam, de fato, arquitetos e urbanistas, pois afinal de contas, projetamos e construímos porque acreditamos no futuro e não há nada que demonstre maior compromisso com o futuro do que o potencial proativo e transformador da nossa profissão.

De coração, muito obrigado por esta homenagem!
Para mim, foi um privilégio e uma honra imensurável caminhar com vocês até aqui!

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Será que preciso de um projeto?

Gilberto Belleza

A Revista Arquitetura & Construção publicou em sua edição de julho um artigo assinado pelo Presidente do CAU/SP, Gilberto Belleza, em que ele trata da importância de contratar o trabalho de um arquiteto e urbanista.

Muito do que acontece em nossa vida é planejado e programado. Até a nossa própria existência, em muitos casos, foi idealizada por nossos pais. Por que será, então, que não valorizamos um projeto de arquitetura onde o que desejamos pode ser concebido, estudado e mais bem executado?

Talvez isso se deva ao desconhecimento de boa parte da sociedade sobre o papel do arquiteto. A contribuição pode vir mesmo antes da aquisição de um imóvel ou terreno – apontando suas vantagens e desvantagens –, ou ainda frente a uma construção – destacando possíveis defeitos a serem sanados ou problemas que poderão aparecer no futuro. Esse profissional estudou para isso e, certamente, irá compartilhar com o cliente sua experiência, auxiliando-o a tomar a melhor decisão.

Muitas vezes, as pessoas não sabem definir exatamente o que desejam. Por isso, é importante que o cliente apresente claramente suas necessidades, permitindo-se não impor soluções, pois o arquiteto poderá apresentar alternativas originais e vantajosas. Quer uma janela quadrada ali? No entanto, uma abertura no teto ou um pequeno visor externo poderiam enriquecer muito mais a vista interna. Essa interlocução deve cada vez mais se aprofundar num grande diálogo e significativa troca.

Temos um velho ditado que diz que “os melhores projetos são feitos para os melhores clientes”, justamente aqueles que têm uma verdadeira participação e contribuição no processo – não tanto em sua forma, mas sobretudo em suas ideias. Com isso, vão se desenvolvendo as soluções estruturais e construtivas, os ambientes e suas necessidades e, por fim, os detalhes e acabamentos.

Tudo é especificado no desenho. Onde fica o interruptor? Como é o rodapé? E o guarda-corpo? Para que lado abre a porta? Alguns podem questionar: “Mas eu só pretendo trocar os revestimentos do banheiro”. Ora, será fácil trocá-los? O piso não irá escorregar? O chuveiro dará vazão ao volume de água? São definições aparentemente básicas e simples, mas, se somadas a outras centenas de decisões sobrepostas, podem transformar a vida de alguém inexperiente em um verdadeiro inferno.

Não pense duas vezes antes de iniciar um projeto e uma obra. Eles serão inesquecíveis. A diferença é que poderão ser inesquecíveis positivamente, se acompanhados por um arquiteto; ou negativamente, se feitos por você sozinho, deixando lembranças à vista para o resto da vida.

Gilberto Belleza, presidente do CAU/SP.
http://www.caubr.gov.br/?p=58526

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Croquis Urbanos 2

Desenho de Observação

Estão todos convidados: desenhistas iniciantes, amadores, estudantes e profissionais. Desta vez vamos nos encontrar no DMAE - Hidráulica do Moinhos de Vento, Rua 24 de outubro n° 200, Bairro Moinhos de Vento, para registrarmos a cidade e seus habitantes. Levem seus materiais para desenho, convidem seus amigos, e vamos aprender uns com os outros!



Data: 31 de Julho de 2016 (domingo)
Horário: A partir das 14h
Local: DMAE - Hidráulica do Moinhos de Vento
Endereço: Rua 24 de outubro n° 200, Bairro Moinhos de Vento, Porto Alegre

Não percam!!!

domingo, 17 de julho de 2016

Coordenação Modular - Economia e Gestão - Parte 5

5 – Recomendações

A Coordenação Modular é o instrumento destinado a coordenar as dimensões dos elementos produzidos na fábrica com todos os projetos de uma construção. A sua aplicação implica em uma disciplina de trabalho que é considerada indispensável para que a industrialização e racionalização do processo construtivo possam ser realizadas de forma orgânica, correta e segura. Esta metodologia implica em uma reformulação da atuação dos projetistas, nos campos distintos e integrados, do desenho industrial, do projeto arquitetônico e dos projetos complementares. Diante disto a indústria de materiais e componentes deverá revisar os seus planos de produção em função de critérios semelhantes aos adotados por outros tipos de indústrias, onde o desenvolvimento de produto merece uma ênfase especial.

No que tange a produtividade, devemos admitir que a construção civil no Brasil é essencialmente tradicional e artesanal. Este fato é consequência da mão-de-obra desqualificada e mau remunerada que representa a grande maioria dos trabalhadores da construção civil em nosso país. Em função desse quadro, há um certo alheamento de arquitetos e construtores em relação aos sistema industrializados. Assim, constata-se as razões pela qual no Brasil todos os sistemas construtivos industrializados implantados nos anos 70, a partir das regras da Coordenação Modular, não terem encontrado um campo fértil para seu desenvolvimento.

Cabe salientar que a coordenação modular é impossível se não existir um projeto integral do edifício. Nada poderá ser omitido ou deixado para estudo posterior no decorrer da execução. Observamos que, na pesquisa feita sobre alguns materiais e sistemas construtivos industrializados encontrados no mercado, as teorias ditadas pela coordenação modular e seu módulo universal M são completamente desconsideradas.

Estes materiais e sistemas construtivos são limitados a um uso específico, e só são associados a outros pelo fato de que a maior parte das construções serem executadas da forma mais tradicional conhecida. Se partirmos para a análise da técnica como são solucionadas as juntas entre diferentes materiais e sistemas, teremos um quadro ainda mais estarrecedor, pois as indústrias resolvem as juntas para encaixar as partes de seu produto, e as demais ficam por conta e solução do construtor, sem controle e diretrizes universais, durante a execução no canteiro de obras.

O processo de identificação das partes e o seu projeto devem ser objeto de uma metodologia adequada, que, partindo da análise fenomenológica das tipologias, deve decompor o organismo arquitetônico em partes, ou elementos construtivos que sejam caracterizados por três qualidades fundamentais: ser funcional e formalmente definidos, ser formal e tecnicamente componíveis e ser econômica e tecnicamente fabricáveis em série.

Como já vimos, o arquiteto deverá modificar sua técnica de projeto. Deverá compreender que o problema não é o de apenas modular todas as dimensões, mas somente aquelas que se relacionam com a utilização de elementos construtivos pré-fabricados. Assim, de acordo com o sistema construtivo o arquiteto deverá decidir quais elementos serão modulados de preferência. Desta forma poderá tirar o máximo proveito da coordenação sem cair em preciosismos ineficazes.

Uma parceria entre arquitetos, indústrias fornecedoras, mão-de-obra especializada, departamentos de pesquisa das Universidades e organismos responsáveis pela normatização e certificação, podem reverter a médio prazo, a presente situação. A busca do aperfeiçoamento já está surgindo na construção civil, através da revisão das normas técnicas do setor e de programas de qualidade, onde os escritórios de projeto e as grandes empresas construtoras buscam a qualidade total através da racionalização de materiais e técnicas e do aprimoramento da mão-de-obra com cursos de formação e atualização e melhores condições de trabalho.

A coordenação modular, como o texto comprova, jamais irá comprometer a capacidade criativa dos arquitetos. Pelo contrário, a existência dos condicionantes da coordenação modular vai resultar em obras cujos valores estéticos e plásticos estarão em harmonia perfeita com os valores econômicos.

Referências

BREGATTO, Paulo Ricardo. Coordenação modular: breve história e aspectos importantes. In: Documentos de arquitetura - traços&pontos. P202-237, Canoas: Ed.Ulbra, 2005.

FERREIRA, M.S.; BREGATTO, P.R.; KOTHER, M.B.M. Arquitetura e urbanismo: posturas, tendências e reflexões. Volume 2 - 1ª edição, Porto Alegre: Livraria do Arquiteto, 2008.

HABRAKEN, N. J. El Diseño de Soportes, Colección Arquitectura, Perspectivas, Barcelona: Ediciones Gustavo Gili S.A., 1979.

KOTHER, M.B.M.; FERREIRA, M.S.; BREGATTO, P.R. Arquitetura e urbanismo: posturas, tendências e reflexões. Volume 1 - 1ª edição, Porto Alegre: Edipucrs, 2006.

MASCARÓ, Juan L. Aspectos Macroeconómicos de la Coordinación Modular, Revista SUMMA, número 85, Argentina,1975.

NISSEN, Henrik. Construcción Industrializada y Diseño Modular, Madrid: H. Blume Ediciones, 1972.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15873 Coordenação Modular para Edificações. Rio de Janeiro, ABNT, 2010.

ROSSO, Teodoro. Teoria e Prática da Coordenação Modular, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU/USP, São Paulo, 1976.

sábado, 16 de julho de 2016

Coordenação Modular - Economia e Gestão - Parte 4

4 – Economia e Gestão

Segundo o dito popular, há na construção civil um desperdício de aproximadamente 30% dos investimentos, entre quebra e uso inadequado dos materiais de construção numa obra. Quando a construção das edificações é feita em série, como no caso das habitações de caráter social, este índice cai e fica entre 15% e 20%. Estes indicadores, se cientificamente comprovados, seriam altíssimos e inaceitáveis, pois a cada 5 edificações estaríamos perdendo recursos suficientes para se construir uma outra.

Entretanto, estes dados referentes às perdas na construção civil são contestados por estudos que os julgam superestimados ou sem base científica. Para melhor compreensão da combinação de fatores que influenciam na formação do indicador do desperdício é preciso reconhecer o conceito de perda e suas variações. De acordo com Carlos Formoso:

“O conceito de perdas na construção civil é, com frequência, associado unicamente aos desperdícios de materiais. No entanto, as perdas estendem-se além deste conceito e devem ser entendidas como qualquer ineficiência que se reflita no uso de equipamentos, materiais, mão de obra e capital em quantidades superiores àquelas necessárias à produção da edificação. Neste caso, as perdas englobam tanto a ocorrência de desperdícios de materiais quanto a execução de tarefas desnecessárias que geram custos adicionais e não agregam valor. Tais perdas são consequência de um processo de baixa qualidade, que traz como resultado não só uma elevação de custos, mas também um produto final de qualidade deficiente.”

Além destes fatores capazes de influenciar na formulação do índice de desperdício no canteiro de obras podemos citar, também, a não utilização de projetos arquitetônicos e complementares racionalizados, compra de terrenos inadequados aos programas, implantação irracional do canteiro de obras e a desgastante e burocrática fase de aprovação dos projetos nos órgãos competentes.

Todavia, superestimados na casa dos 30%, estes índices que refletem as perdas na construção civil, frente ao estado do Rio Grande do Sul, que possui um déficit habitacional significativo, e o delicado momento sócio, político e econômico do nosso país, demonstra um quadro no mínimo preocupante.

É, portanto, papel da arquitetura a partir dos seus principais agentes, tais como, indústria da construção civil, departamentos de pesquisa das Universidades e instituições de certificação normativa, buscar caminhos e alternativas que nos conduza a um nível de racionalidade na gestão dos projetos, construção e seus resíduos, buscando reduzir as perdas a níveis toleráveis. Tudo isso sem prejuízos da qualidade estética, plástica e na habitabilidade das construções buscando, com isto, almejar a erradicação do déficit habitacional em nosso estado.

A produção em série proporciona, por si só, um investimento menor devido a repetitividade nos sistemas e processos de construção, ainda mais se as perdas forem realmente menores e previsíveis. Portanto, um investimento maior em planejamento e projeto vai oportunizar a viabilização de uma construção otimizada e sustentável.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Coordenação Modular - Economia e Gestão - Parte 3

3 – A Coordenação Modular

Para possibilitar a sequência natural das operações, todo um conjunto de ações normativas deve ser estabelecido visando padronizar os elementos construtivos e dar uma forma orgânica à técnica de projeto. O conjunto dessas ações constitui, como já vimos, a coordenação dimensional. Aplicando o conceito de módulo à coordenação dimensional obtemos a coordenação modular.

A norma brasileira, ABNT NBR 15873/2010, assim define elementos construtivos:

Elemento Construtivo: Parte da edificação com funções específicas, constituída por um componente ou conjunto de componentes e/ou materiais de construção. Exemplo: parede, janela, escada e outros.”

O módulo, que na arquitetura, é uma unidade de medida convencional, adotada para estabelecer dimensões, proporções e ordenar a construção de elementos de um determinado organismo arquitetônico, passa a desempenhar a função de referencia das dimensões dos elementos industrializados de forma a proporcionar condições para sua aplicação múltipla. Em outras palavras, a coordenação modular é um método por meio do qual estabelece-se uma dependência recíproca entre componentes construtivos e os edifícios mediante uma unidade de medida comum.

Como já vimos, a aplicação do método industrial à construção, desdobra naturalmente as operações, que hoje são realizadas artesanalmente no canteiro, em operações de fabricação, executadas nas usinas ou fábricas, e operações de montagem, executadas no canteiro de obras. Isto exige que o arquiteto modifique significativamente a maneira como habitualmente elabora o seu projeto, reconhecendo e respeitando as exigências técnicas de montagem e de acordo com o postulado fundamental de que, se os elementos não se adaptarem perfeitamente ao projeto e não se integrarem reciprocamente, eles não poderão ser utilizados, pois será impossível qualquer operação de adaptação no canteiro.

É evidente que, sendo a construção um processo prevalentemente aditivo, somente será possível uma certa variedade de aproveitamento de elementos acabados, desde que eles sejam dimensionados de forma a obedecer a uma relação aditiva entre todas as suas medidas.

Feitas estas considerações, podemos concluir que a natureza simplificativa e aditiva das medidas dos elementos será estabelecida em primeiro lugar pela determinação de uma relação comum a todas as dimensões. A existência de uma relação comum universal dará lugar a uma família de dimensões correlatas, as quais poderão ainda sofrer uma operação de seleção de acordo com as características dimensionais de cada elemento.

Serão assim alcançados dois objetivos: uma simplificação das dimensões para as finalidades de produção e uma aditividade das dimensões para as finalidades de projeto. O edifício não é mais rigorosamente executado sob medida e o projeto é elaborado em função de dimensões normalizadas, que levam em conta os materiais e elementos disponíveis e os processos de montagem.

3.1 – Fases da Coordenação Modular

O objetivo da padronização é a estabilização do produto ou do processo de produção, onde a padronização assume a aplicação de normas a um ciclo de produção ou a um setor industrial completo. A coordenação modular é o meio sistemático para conseguir a integração dimensional dos elementos padronizados.

Sua aplicação implica no estudo de três princípios fundamentais: seleção, correlação e intercambialidade. A seleção opera na fase de produção reduzindo a variedade ao mínimo mais eficiente. A correlação opera na fase de composição efetuando uma escolha quantitativa de valores, estabelecendo relações mútuas para facilitar a sua atitude combinatória. A Intercambialidade opera na fase da montagem estabelecendo critérios e normas para os ajustes e tolerâncias.

3.2 – Escolha do Módulo

O termo módulo engloba dois conceitos distintos, o de unidade de medida e o de fator numérico. Como unidade de medida, o módulo foi usado desde a antiguidade para uma função estética. Na atualidade o módulo deve preencher finalidades técnicas, utilitárias e produtivas. Portanto o módulo é o denominador comum das grandezas existentes. É uma unidade de medida abstrata proposta como dimensão básica para o dimensionamento dos elementos construtivos produzidos industrialmente.

Como fator numérico, fixa a regra que se destina a coordenar dimensões. No caso de uma série geométrica, o módulo representa a razão elástica e combinatória da progressão. Portanto como fator numérico determina uma correlação entre os termos de uma série e os valores de uma escala de dimensões.

Como unidade de medida será a primeira medida da sequência modular normal e intervalo dimensional básico do sistema de referência. Num projeto que utilize esse sistema de referência os elementos construtivos irão ocupar espaços de projeto que serão múltiplos da medida modular.

A norma brasileira, ABNT NBR 15873/2010, assim define o módulo básico:

Módulo Básico: Menor unidade de medida linear da coordenação modular, representado pela letra M, cujo valor normalizado é M=100mm."

3.3 – As Séries Numéricas

A coordenação modular, entre outros objetivos, tem também um de natureza simplificativa, pois seria antieconômico para uma fábrica produzir e manter em estoque, variados elementos de todas as dimensões com um módulo básico de intervalo. Assim sendo, a necessidade de operar uma escolha de tamanhos de acordo com sua frequência estatística, tornou-se fundamental para sua viabilidade econômica.

De um ponto de vista teórico uma série dessa natureza de valores dimensionais correlatos resulta da combinação de critérios de redução da variedade atual das dimensões dos elementos construtivos e da aplicação de operações relacionadoras das dimensões já escolhidas (simplificação e correlação).

Será, portanto, oportuno trabalhar racionalmente procurando obter uma seqüência de números correlatos de acordo com critérios matemáticos adequados, que permitam executar um processo simultâneo de simplificação e correlação.
Existem três tipos fundamentais de séries numéricas: geométricos, aritméticos e harmônicos. Os estudos e realizações neste campo são muitos e vários, antigos e recentes, ficando evidenciado que as séries geométricas tem melhor disposição para reproduzir com aderência as características numéricas dos fenômenos técnicos.

3.4 – Tolerâncias e Ajustes

A aplicação do método industrial à construção, transformando a maior parte das operações do canteiro de obras em operações de montagem de elementos construtivos pré-fabricados, obriga-nos de imediato a considerar a necessidade de estudar e estabelecer uma teoria das tolerâncias e dos ajustes.

A norma brasileira, ABNT NBR 15873/2010, assim define tolerância e ajuste:

Tolerância: Diferença admissível entre uma medida real e a medida nominal correspondente.

Ajustes de Coordenação: Diferença entre uma medida nominal e a medida de coordenação correspondente. O ajuste de coordenação garante espaço para deformações, tolerâncias e materiais de união, quando for o caso.”


Nos processos tradicionais de construção, a ajustagem dos materiais e dos elementos é quase sempre imprescindível, assim como a verificação de medidas na obra é uma prática usual e indispensável na execução de muitos elementos feitos sob encomenda.

Num processo industrial no qual a produção deve desenvolver-se com continuidade e regularidade, independentemente da demanda e em grandes séries, as dimensões devem ser fixadas de antemão e não podem ficar dependendo das características dos pedidos. Além disso, cada elemento construtivo deve poder ser fabricado com precisão e acabamento suficientes para permitir sua utilização direta na união imediata e automática com qualquer outro elemento retirado ao acaso do estoque. Escolhas na obra e retoques não são mais admitidos.

Dito isto, conclui-se que a indicação da medida de um elemento não pode mais ser feita com valores rígidos, mas através de um valor máximo, que chamamos de dimensão limite superior e valor mínimo, que chamamos de dimensão limite inferior. A diferença entre estas duas medidas chama-se tolerância e é sempre positiva, representando ao mesmo tempo o máximo de imperfeição admissível para a correta aplicação do elemento e o máximo de perfeição que pode ser conseguida sem que o custo de fabricação resulte excessivo.

3.5 – Sistemas de Referências

O uso de reticulados regulares, constitui um dos processos de uso mais frequente para facilitar o trabalho de elaboração do projeto. Generalizando este sistema, não somente para comodidade de desenhos mas, também, para coordenar a posição e as dimensões de todos os elementos, o processo deve ser racionalizado em função de uma ou mais retículas.

As dimensões da retícula podem ser diferentes, porém utilizam-se malhas quadradas. A retícula modular é o elo de ligação entre a produção industrial e o projeto individual. As retículas podem ser utilizadas em todos os estágios do processo construtivo, e para cada fase serão escolhidos valores preferenciais para os espaçamentos das linhas de referência.

A norma brasileira, ABNT NBR 15873/2010, assim define sistema de referência modular:

Sistema de Referência Modular: Sistema geométrico tridimensional de n planos ortogonais, no qual a distância entre quaisquer planos paralelos é igual ao módulo básico ou a um multimódulo.”

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Coordenação Modular - Economia e Gestão - Parte 2

2 – Sistemas Modulares e Suas Vantagens

2.1 – Coordenação Dimensional

Todo o projeto necessita uma coordenação dimensional. É papel da coordenação dimensional compatibilizar dimensionalmente de forma racional e orgânica os espaços de uma construção. Longitudes, superfícies e volumes tem que ser dimensionados relacionando-se precisamente entre si. A coordenação dimensional não deve ser entendida como um mero instrumento geométrico mas, também, físico, estético e econômico. Não está apenas vinculada à composição arquitetônica mas, também, à tecnologia e à produção. Os componentes construtivos devem ser desenhados, construídos e montados levando-se em conta as necessidades funcionais, técnicas e estéticas.

Se em cada ambiente o homem realiza uma ou mais atividades, o espaço que o define deve ser o mínimo necessário, adequado e suficiente para a perfeita realização dessas atividades. Chama-se de estudo de disposição física a definição desse espaço. Se quisermos quantificar e medir esse espaço, podemos recorrer a uma unidade de medida à qual podemos chamar de módulo.

O dimensionamento de um edifício não é uma tarefa fácil. Dos principais materiais aos pequenos componentes e detalhes, viabilizar uma obra é uma tarefa complexa cuja solução exige um planejamento sofisticado e um projeto detalhado que definam um sistema de dimensões claramente identificado e ordenado. Estas dimensões devem levar em conta a função específica dos espaços, a partir da definição de suas principais dimensões e, também, o sistema construtivo, considerando as dimensões de cada componente a ser utilizado na construção.

A arquitetura sempre ofereceu aos projetistas um leque muito variado de figuras geométricas, planas e volumétricas, disponíveis para seus arranjos funcionais e formais. Não são poucas as aventuras criativas dos arquitetos que, fazendo uso destas figuras, demonstram grandes arrojos plásticos e compositivos e acabam, a partir do estudo aprofundado do programa e suas demandas dimensionais, por inventar novas maneiras de atender as demandas de uso destes espaços, com maior ou menor eficiência funcional, em nome da boa forma.

Mesmo reconhecendo estes grandes empenhos inventivos dos projetistas, experimentando novos espaços, sabemos que as figuras geométricas que melhor se prestam para as finalidades funcionais são aquelas que permitem medir completamente o espaço, portanto, são aquelas que possuem afinidades geométricas perimetrais, tais como, o quadrado, retângulo, hexágono, triângulo, ou os sólidos formados a partir da combinação geométrica entre eles. Figuras geométricas, tais como, o círculo, elipse e suas variantes não possuem afinidades geométricas pois seus intervalos perimetrais não se encaixam, formando a partir de suas associações, vazios e figuras geométricas diferentes e de baixa eficiência combinatória.

Todas as dimensões de uma construção, bem como, todas as dimensões de todos os componentes construtivos devem estar relacionadas para que possamos obter um resultado que harmonize forma, função e construção com custo economicamente justificável. Ao definirmos e compatibilizarmos estas dimensões buscamos e reconhecemos um número de repetições dimensionais passíveis de serem coordenadas a partir de um módulo. Obviamente, as formas geométricas regulares e os sistemas construtivos que utilizam materiais e componentes pré-fabricados são os que mais utilizam as séries dimensionais modulares.

Este módulo é a principal figura geométrica regular repetitiva destinada a definir, organizar, qualificar o espaço, otimizar o desenvolvimento de uma ou mais atividades e concretizar o objeto arquitetônico dentro de indicadores e padrões viáveis de economia e com racionalidade e alta eficiência funcional.

A coordenação dimensional é habitualmente entendida como um instrumento de normalização dimensional das partes da edificação. Desde que a coordenação dimensional utilize uma unidade de medida representada por um módulo tridimensional (altura, largura e profundidade), ela passa a ser coordenação modular.

A norma brasileira, ABNT NBR 15873/2010 , assim define a coordenação dimensional e a coordenação modular:

Coordenação Dimensional: Inter-relação de medidas de elementos e componentes construtivos e das edificações que os incorporam, usada para seu projeto, sua fabricação e montagem.

Coordenação Modular: Coordenação dimensional mediante o emprego do módulo básico ou de um multimódulo.”


2.2 – Limitação das Variações

A variedade destina-se a corrigir a uniformidade e é uma exigência humana. Portanto, torna-se difícil imaginar um produto final sem reconhecer a variedade dimensional dos componentes com funções semelhantes. A variedade, por mais essencial que seja, não pode ser pensada em termos exclusivamente geométrico-dimensionais, estando condicionada, também, à compatibilização associativa e à correlação funcional.

A norma brasileira, ABNT NBR 15873/2010, assim define componente:

Componente Construtivo: Unidade distinta de determinado elemento do edifício, com forma definida, com medidas especificadas nas três dimensões e destinada a cumprir funções específicas. Exemplos: bloco de alvenaria, telha, painel e outros.

Componente Modular: Componente construtivo cujas medidas de coordenação são modulares.”


O projeto de edifícios modulares apresenta um grau de complexidade variável em função das dimensões dos seus componentes. A aplicação em edifícios tradicionais, ou seja, executados principalmente com componentes de pequenas dimensões, exige um projeto complexo, uma vez que o número de componentes é grande e a tipologia é variada. De um modo geral, o grau de complexidade do projeto é proporcional à complexidade de aplicação da coordenação modular, onde esta complexidade diminui conforme o número de componentes da pré-fabricação diminui e suas dimensões vão aumentando.

Este fenômeno é frequente na indústria e desde sua origem como sistema integrado tem exigido o estabelecimento de acordos múltiplos para normalização dimensional, buscando eliminar as variações supérfluas e reconhecer suas propriedades funcionais e de fabricação.
De acordo com Teodoro Rosso, a necessária integração dos componentes pode ser conseguida através da observância de três condições de compatibilidade: a geométrico-dimensional, a associativa e a funcional.

2.3 – Normalização

A abordagem do problema da coordenação dimensional e da permutabilidade conduz, naturalmente, ao domínio da normalização. Com efeito, é notório que a normalização é por definição a regulamentação de qualquer fenômeno de produção com o intuito de obter sua padronização e ordenação racional e unívoca.

Em outras palavras a normalização se propõe a obtenção de produtos idênticos, aplicando a mesma tecnologia, permitindo a sua permutabilidade. Estabelece, portanto, uma linguagem comum constituída de símbolos e termos, define os objetos, seu campo de aplicação, suas características básicas, as tolerâncias de fabricação e seus limites, as normas de uso e desempenho, os controles e métodos de ensaio. Ainda, de acordo com Teodoro Rosso, a normalização articula-se nas seguintes categorias de ações estabilizadoras: simplificação, tipificação, unificação, padronização e integração.

Sem dúvida, a coordenação modular ainda está longe de seu estágio definitivo de indicador de eco-eficiência e torna-se necessário ampliar o debate não apenas entre os envolvidos no setor da construção, mas principalmente envolvendo a Universidade e seus pesquisadores, uma vez que, somente através de uma experiência coletiva será possível sedimentar a teoria e encontrar as diretrizes mais oportunas de aplicação objetivando obter uma maior produtividade na indústria.

2.4 – Pré-fabricação

A produção de componentes construtivos para uso posterior na obra, não é uma idéia nova. A denominação da palavra pré-fabricação é moderna, porém o conceito pode ser encontrado nas edificações através de todas as épocas. Quando é utilizada profusamente, este método implica numa série de condicionantes especiais, tanto no que diz respeito ao projeto, como à fabricação.

O uso de componentes construtivos pré-fabricados requer que a obra e a fábrica operem sobre a base de um sistema comum de dimensões que seja claro e inequívoco e, cujas dimensões, sejam respeitadas com um grau de precisão adequado.

Pode-se considerar que, consegue-se um grau adequado de precisão quando os componentes se encaixam, isto é, quando podem ser colocados num terreno e num edifício sem a necessidade de se retocar a sua forma e dimensões. O grau de precisão conveniente depende do processo construtivo, dos materiais e dos tipos de juntas empregadas. De outro modo, em cada caso, deve-se especificar os limites dentro dos quais mantenham-se as possíveis variações dimensionais inerentes a cada processo.

Este é o objeto de um sistema de tolerâncias: estabelecer limites dentro dos quais se podem tolerar certas variações sobre uma determinada dimensão. Quando se estiver chegado a um acordo sobre o sistema dimensional é possível mecanizar e racionalizar a pré-fabricação de componentes construtivos, com o que se chegará, gradualmente, ao seu objetivo fundamental que é a produção industrializada em fábrica de componentes construtivos normalizados.

2.5 – Industrialização

A prosperidade da sociedade moderna, com o aumento permanente do consumo, depende basicamente da eficácia das indústrias. Eficácia que está melhorando constantemente a partir de todo o tipo de racionalização, mecanização, normalização, análise e controle da produção, entre outros. Em geral, a indústria está utilizando estas medidas desde muitos anos e o debate sobre a aplicação de princípios e procedimentos industriais na edificação tem sido prolongado durante tanto tempo, que na atualidade existe um acordo geral sobre a necessidade deste desenvolvimento.

A sociedade requer um crescente grau de industrialização para proporcionar uma quantidade cada vez maior de todas as diferentes categorias de edifícios que necessita. Na contramão desta constatação, sabemos que nossos recursos são limitados. A falta de capital e mão-de-obra especializada, nos provoca a saber aproveitar e utilizar melhor os nossos recursos. Neste sentido, a Universidade deve assumir um papel de suma importância, direcionando seus recursos técnicos para a investigação e pesquisa.

O princípio fundamental do método industrial é a continuidade física, temporal e conceitual. É física, porque decorre do perfeito desempenho do produto como um todo, é temporal, porque procede da correta cronologia dos eventos que compõem o processo de produção e é conceitual, porque resulta da unidade e coerência do pensamento e da ação dos intervenientes no processo de decisão.
Aplicando estes princípios à edificação, como produto final, temos a industrialização fechada. Esta opção está, entretanto, estritamente vinculada à continuidade de mercado, eis que a edificação como produto não pode se beneficiar da função estoque.

Por outro lado, restrição séria é feita à rigidez do produto, à incidência do custo-transporte, aos elevados investimentos que favorecem os monopólios. Já a industrialização aberta se propõe a eliminar estes principais inconvenientes mediante a produção em escala de componentes pré-fabricados e permitindo a variedade da edificação/produto através da permutabilidade dos componentes intermediários e da variedade de seu repertório.

No que se refere à construção, tem pouca importância o fato de que os produtos pertencentes a ciclos de fabricação de canteiro venham parcialmente ou totalmente da fábrica ou que tratem de trabalho efetivamente executado no local. Aquilo que interessa é a predisposição sistemática das atividades executivas ligadas à coordenação ou integração de seus resultados.

Este relacionamento acontece, conforme já foi colocado, durante o ato de projetar. O ato de projetar, se transforma, assim, radicalmente e torna-se mais complexo em relação a prática tradicional, mas também mais preciso e unívoco e, paradoxalmente também, menos rígido e mais flexível e adaptável a circunstâncias diversas que podem intervir no tempo.

A evolução da prática de construir deve ser entendida em termos rigorosamente racionais, esclarecendo-se a relação efetiva entre arquitetura e indústria, pois deste entendimento surgirão as condições mais favoráveis para resolver o crítico estado em que atualmente se debate a produção no setor da construção civil. Coordenação e integração são os fatores principais da realização do método industrial, procurando o máximo de produtividade através da continuidade dos processos.

A linha de montagem da indústria automobilística é o exemplo clássico dos sistemas para reduzir o custo de fabricação, mediante a aplicação de conceitos de padronização e produção em massa. Os locais de fabricação dos elementos podem ser independentes e afastados daquele em que se realiza a montagem. Neste processo, é implícita a exigência que a construção dos elementos componentes, deve ser subordinada à possibilidade de colocação e ajuste de cada um em seu lugar, com precisão e rapidez. A aplicação do método industrial implica na continuidade do trabalho e principalmente na continuidade das técnicas.

No campo da construção de edifícios, uma técnica análoga poderá ser adotada desde que se submetam os elementos a um processo de padronização que facilite a montagem das partes sem problemas de ajustagem, mesmo quando provenientes de fábricas diferentes. É portanto necessário que a produção seja limitada a um número razoável de elementos e de formatos que possam ocupar posições diferentes num mesmo ou em vários edifícios, permitindo tirar vantagem da produção em série sem reduzir a elasticidade do projeto.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Coordenação Modular - Economia e Gestão - Parte 1

Modular Coordination – Economics and Management

Resumo

O objetivo central deste artigo é discorrer sobre a importância e a aplicação da Coordenação Modular nos processos de projeto e construção com vias a reconhecer os seus impactos e aspectos macro-econômicos. Neste sentido surge a necessidade de discorrer sobre a racionalização dos processos construtivos e materiais de construção, objetivando, através da gestão otimizada dos canteiros de obras e de um sistema de dimensionamento universalizado, reconhecer, padronizar e preservar as características individuais e originais de cada um destes materiais. A Coordenação Modular, que parte do princípio da industrialização e da repetição múltipla de componentes cuja diversidade controlada e regrada, vai regular os padrões de organização e adequação no projeto e racionalizar os processos da construção evitando desperdícios de materiais e gerando uma economia final significativa de materiais e mão-de-obra, comprovando que isto é possível sem o sombreamento da criatividade do Arquiteto.

Palavras Chave: coordenação modular, gestão do projeto e da obra, economia da construção.

Abstract

The main purpose of this article is to discuss the importance and application of Modular Coordination in the design and construction processes by recognizing their impacts and macro-economic aspects. In this regard, there is a need to discuss the rationalization of the construction processes and building materials, aiming, through optimized management of construction sites and a universalized scale, to recognize, standardize and preserve the individual and unique characteristics of each of these materials. Modular Coordination, which parts from the industrialization and multiple repetition of components, whose controlled and regulated diversity will regulate the organization and it's adequacy standards in the design and streamline the construction process, can avoid material waste and generate a significant material and labor cost reduction, proving it's possibility without undermining the architect's creativity.

Keywords: modular coordination, project management, work management, construction economics


1 - Evidências Sobre o Problema

O homem vive num certo meio físico natural e a resposta do organismo humano aos estímulos do ambiente determina o comportamento do indivíduo à procura de sua sobrevivência e bem-estar. Quando o homem não consegue os bens da natureza ele mesmo os cria. Produção é, portanto, o ato de criar ou aumentar a utilidade de bens destinados a satisfazer as necessidades humanas e produtos são os efeitos desses atos.

O desenvolvimento social e econômico do mundo contemporâneo se caracteriza pela rápida expansão dos meios de produção. Diante desta velocidade do crescimento, a produção artesanal necessita ser substituída pela produção industrial em massa. Portanto, no que tange à demanda por novas construções, é papel da arquitetura definir e sistematizar o espaço construído atendendo as necessidades humanas. O atendimento destas necessidades atribui a cada programa arquitetônico funções para as quais a arquitetura caracteriza e organiza seus espaços por meio de invólucros, representado pela edificação. O objeto arquitetônico é, portanto, um produto na medida em que satisfaz as necessidades humanas de abrigo.

Seja qual for o programa arquitetônico, teremos sempre um sistema constituído de funções, espaços e invólucros, cujas partes são funcionalmente especializadas, cujo comportamento é conhecido e cujas interrelações são controladas. A forma geral do invólucro é determinada, em princípio, pelas demandas especializadas de uso definidas pelo programa e materializada na forma de espaço. Este espaço não é contudo uma entidade geométrica abstrata mas um novo ambiente destinado a abrigar funções especializadas e é papel deste invólucro protegê-lo das ações do meio externo, tornando-o funcionalmente habitável, esteticamente contemporâneo e economicamente viável.

Prescindindo da estética e da função a que se destina, um espaço deve possuir determinadas condições de habitabilidade representadas por requisitos de segurança, higiene e conforto. O atendimento destes três requisitos transforma o espaço organizado (perceptível) em espaço qualificado (tangível), onde o objeto arquitetônico – abstraindo as questões estilísticas – é visto como sendo a soma dos espaços organizados, especializados e qualificados. Transformar estes espaços, em princípio amorfos, em espaços organizados para determinadas funções humanas, é produzir, assim como é, transformar matéria prima bruta em edificações habitáveis. Isto posto, configuram-se duas fases na arquitetura como produção: uma abstrata de organização e qualificação do espaço e outra concreta de realização da edificação.

O crescimento das cidades e a consequente demanda por novas edificações, pressiona a indústria da construção que, não estando preparada para crescer no mesmo ritmo, inflaciona a economia e o mercado da construção fazendo com que os preços da construção aumentem impulsionados pela lei natural da oferta e da procura. Esta falta de preparo da indústria da construção, caracterizada por processos de produção ultrapassados, artesanais e sistemas de gestão de pessoas e canteiro de obras antiquados, com custos operacionais altos, faz com que sua capacidade de produção seja inferior às demandas do mercado.
Na ânsia descontrolada e não sistematizada de atender a demanda crescente, e diante da necessidade econômica de manutenção de mercado, a indústria da construção civil se vê pressionada a reproduzir modelos estéticos desgastados, modismos estilísticos ultrapassados, sem os cuidados básicos com os aspectos de linguagem, composição, caráter, lugar e habitabilidade. Alia-se a isto a falta de investimento em novas formas de gestão de pessoas, produção e processos, produzindo e oferecendo ao mercado edificações de baixa qualidade arquitetônica e nada sustentáveis.

Racionalização das edificações, pré-fabricação, construções industrializadas, entre outras, são temas que refletem os esforços necessários da indústria da construção civil e das Universidades para por em marcha este processo lento e gradual para reverter a lógica de planejamento, projeto e obra para as novas construções. Principalmente, quando consideramos que vivemos atualmente numa economia de escassez de recursos que prima pela necessidade de eficiência energética, gestão de resíduos e aspectos de eco-eficiência nas novas edificações.

É neste cenário que surge a necessidade emergente de estudos aprofundados em sistemas modulares capazes de oferecer à indústria da construção civil algumas vantagens basilares tais como, coordenação dimensional, limitação de variações, normalização, pré-fabricação e industrialização.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

TCCII - FauPucRS

BANCAS FINAIS - 2016/1

Terão início no próximo dia 04 de julho, segunda-feira, às 14h, as bancas de apresentação dos Trabalhos de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FauPucRS. Entre os dias 04/07 e 08/07, nos turnos da tarde e noite, serão apresentados 32 trabalhos com os mais diversos temas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. As bancas são abertas ao público e ocorrerão na sala 215 do prédio 9 (FauPucRS). Em paralelo ao desenvolvimento das bancas os visitantes terão a oportunidade de ver os 32 trabalhos expostos no saguão da faculdade.
Não percam!

Cronograma das atividades:

04/07
SEGUNDA-FEIRA

14:00h - Abertura oficial
14:30h - JÚLIA TREVISAN HAMANN
15:30h - CLARISSA MAZO FERREIRA
16:30h - JULIANA LOPES DE SOUZA
18:00h - ANTÔNIO CABRAL FENDT
19:00h - LETÍCIA TONIOLO DA CAS
20:00h - LÍVIA PUPERI
21:00h - FRANQUELINE MAYER

Orientadores:
Profa. Arq. Maria Beatriz Kother
Prof. Arq. José Carlos Marques
Prof. Arq. Paulo Cesa
Prof. Arq. Marcelo Martel

Banca:
Prof. Arq. Pery da Silva Bennett (Ulbra)
Prof. Arq. José Carlos Campos
Prof. Arq. Daniel Pitta Fischmann
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

05/07
TERÇA-FEIRA

14:00h - DANDARA MELO COPPETTI
15:00h - ANNA FERNANDA VOLKEN
16:00h - KELLY MATUSIAK
18:00h - MANUELA DALLA ROSA
19:00h - PATRÍCIA RAMIREZ
20:00h - SOFIA CRESPO

Orientadores:
Prof. Arq. Carlos Alberto Hubner
Profa. Arq. Maria Beatriz Kother
Prof. Arq. José Carlos Marques

Banca:
Prof. Arq. Luciano Rocha de Andrades (UniRitter / Mapa)
Prof. Arq, Renato Marques Fernandes
Prof. Arq. Daniel Pitta Fischmann
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

06/07
QUARTA-FEIRA

14:00h - MARCELO DE OLIVEIRA
15:00h - LARA SPRENDOR FLORES
16:00h - VANESSA BEIRÃO
18:00h - CAROLINE ANTUNES DO PRADO
19:00h - CLARICI GOLLUB
20:00h - MARIANA RODRIGUES

Orientadores:
Prof. Arq. Luis Carlos Macchi
Profa. Arqa. Cassandra Coradin

Banca:
Prof. Arq. Fábio Bortoli (UniRitter)
Prof. Arq. Sílvio José Jaeger Rocha
Prof. Arq. Daniel Pitta Fischmann
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

07/07
QUINTA–FEIRA

14:00h - MARINA VARANTE
15:00h - PATRIZIA TRAVERSO
16:00h - TÂNIA FRANZON
18:00h - ANA LÚCIA SACCARO
19:00h - FERNANDO PEREIRA RIGOTTI
20:00h - PEDRO MENEZES NEVES

Orientadores:
Prof. Arq. Luiz Aydos
Prof. Arq. Márcio D´Ávila
Prof. Arq. Flávio Kiefer
Profa. Arq. Maria Beatriz Kother

Banca:
Profa. Arq. Patrícia de Freitas Nerbas (Unisinos / Ulbra))
Prof. Arq. Maturino Salvador da Luz
Prof. Arq. Daniel Pitta Fischmann
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

08/07
SEXTA-FEIRA

14:00h - RAFAELA TASSONI KAFER
15:00h - SAMARA JANUÁRIO
16:00h - TIAGO SCHEIBEL
18:00h - CHRISTINE REFFATTI
19:00h - FERNANDA NESS
20:00h - MARINA MEYER
21:00h - PATRÍCIA ARBO SOUZA

Orientador:
Prof. Arq. Flávio Kiefer
Prof. Arq. Marcelo Martel

Banca:
Prof. Arq. Julio Ariel Guigou Norro (Ucs)
Prof. Arq. Cláudio Mainieri Ugalde
Prof. Arq. Daniel Pitta Fischmann
Prof. Arq. Paulo Ricardo Bregatto

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Biblioteca Ambulante

Protótipo do Módulo Cultural

Com muita alegria e satisfação ocorreu no dia 9 de junho, às 9h da manhã, nas instalações do Hospital São Lucas, a entrega do protótipo do Módulo Cultural - Biblioteca Ambulante. O projeto consiste num carrinho com capacidade para aproximadamente 300 livros que irá transitar pelo Hospital São Lucas da PucRS, com o propósito de oferecer o conforto e a comodidade para os funcionários e internos terem acesso à leitura. A Biblioteca Móvel integra um projeto interno do hospital que busca estimular a leitura. Para tal, o carrinho irá circular pelas dependências do hospital num cronograma ainda a ser definido.



Tive o privilégio de ser convidado pela equipe do Voluntariado da PucRS, do qual faço parte, para desenvolver este importante projeto. Desde já o meu agradecimento aos colegas Ir. Liane Terezinha Berres, coordenadora do Voluntariado da PucRS e ao Prof. Marcos Diligente, meu querido amigo e colega da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PucRS que me confiou esta indicação para o desenvolvimento do projeto.



Cabe ainda destacar a Participação efetiva da Empresa Todeschini, na figura de sua equipe diretiva e técnica, que aceitaram sem hesitar o desafio de financiar e construir o protótipo. São eles, Cristiano Bruxel (diretor comercial), Liliane Farina (diretora financeira), Samanta Melo (gerente de projetos), Luis Michel dos Santos - gerente de operações e Lúcia Fittel (arquiteta e urbanista, gerente comercial da Loja Nilo Peçanha). Para todos o nosso agradecimento por acreditarem na força social, humanitária e transformadora do projeto. De certa forma, esta é a magia do voluntariado: aproxima pessoas e viabiliza ações sociais e humanitárias.



Por se tratar de um protótipo, sua utilização passará agora uma avaliação sistêmica de uma comissão interna do Hospital São Lucas, para para avaliação da sua funcionalidade objetivando as necessárias revisões do projeto para que, em breve, possamos ter o desenho definitivo do projeto. Muita alegria e gratidão por estar participando deste projeto.

Valeu!