quinta-feira, 13 de maio de 2010

Projeto de Produto Industrial 2

Especialização FauPucRS

Foi prorrogado o prazo para as inscrições para o curso de Especialização em Projeto de Produto Industrial, promovido pela faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PucRS. As insrcições vão até o dia 14 de julho, sendo que as matrículas ocorrerão nos dias 18 e 19 de julho. O início das aulas está marcado para o dia 09 de agosto.

Especialização em Projeto de Produto Industrial

Inscrições: até 14 de julho
Matrículas: 18 e 19 de julho
Início das aulas: 09 de agosto de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Trabalho Escolar

Na semana que passou recebi, por telefone, o convite de uma aluna de um curso de arquitetura e urbanismo de Porto Alegre para responder algumas perguntas, cujas respostas fariam parte de um trabalho escolar. Pelas perguntas, imagino que se trate de um trabalho escolar de início de curso.

Fui lendo as perguntas e fui me sentindo provocado e ter uma opinião sobre cada uma delas. Então, me dei conta do quanto algumas certezas da época de estudante e de recém formado foram se desconstruindo ao longo do caminho, da mesma forma com que outras questões e convicções foram se solidificando. De qualquer forma, penso que as coisas são assim mesmo: vão mudando ao longo do tempo, das reflexões e do amadurecimento de cada um.

Respondi as perguntas e enviei para a aluna com a ressalva de que ela não considerasse as respostas como absolutas pois, como sabemos bem, a arquitetura não é o exercício das verdades absolutas.

Na sequência divido com vocês as perguntas e respostas!!

1) O quê é arquitetura pra você?

A arquitetura é, também, uma filosofia de vida, pois tratando da espécie humana, dos seus espaços e do mundo que os cerca, deixa pouca coisa sem a intervenção direta e sem a influência necessária do arquiteto. A arquitetura está nas próprias origens da humanidade, sendo o produto imediato do instinto humano. A arquitetura é, portanto, ciência e ofício. Ciência, na exata medida em que nos permite, a partir da pesquisa aplicada, conhecer e investigar as necessidades e demandas reais da sociedade e do mercado em que estamos inseridos. E é ofício, pois, a partir dele, participamos ativamente da vida das pessoas, seja na pequena escala habitacional da célula da família ou na escala das grandes edificações e intervenções urbanas.

2) O quê é Urbanismo?

Academicamente falando, é a ciência que estuda os fenômenos relacionados às cidades, tanto de análise, controle e gestão, quanto de planejamento estratégico e projeto. Mas não faço esta distinção no exercício profissional. Penso que quando estamos envolvido com um projeto, no caso de uma edificação, não podemos deixar de lado a noção de paisagem, a noção de sistema integrado. Da mesma forma, não devemos nos descuidar dos edifícios quando estamos formulando soluções de maior escala no âmbito da cidade.

3) O quê é cidade?

É o palco dos acontecimentos da vida das pessoas e, portanto, a razão de ser da nossa existência e viabilidade profissional. Por esta razão, entre outras tantas, somos uma profissão tão, e cada vez mais, viável e fundamental nos dias de hoje, principalmente quando reconhecemos tantas coisas por fazer neste mundo desigual que temos que mudar e que depende muito das nossas atitudes e da nossa luta conjunta.

4) Qual é a função social do arquiteto?

A meu ver, nosso principal compromisso social é nos engajarmos na luta pelo resgate da ética profissional e da ética humana. O mundo atual, perturbado por criações humanas, requer mudanças urgentes. A capacidade humana de criar o artificial parece ter transcendido a nossa habilidade de coexistir com a natureza. A crise energética internacional e o desequilíbrio mundial do meio ambiente assumem patamares preocupantes, exigindo dos novos arquitetos e urbanistas atitudes inovadoras e sustentáveis.

Além disto, temos que ouvir o chamado da natureza clamando pela consciência criativa e pela capacidade de consertar os problemas que estamos presenciando, nos dando conta, cada vez mais, sobre o quanto as nossas criações afetarão o presente e o futuro. Temos que ter em mente que nosso potencial criativo, daqui para frente, tem que andar de braços dados com a nossa capacidade ética e moral de criar. Muito mais do que ficarmos orgulhosos diante da excepcionalidade das nossas grandes e singulares obras monumentais, temos que estar atentos ao quanto cada uma destas novas criações, além de estancar o processo de degradação do meio-ambiente, ajudará a corrigir outras ações irresponsáveis e menos felizes.

5) Qual é o futuro do arquiteto? Da profissão?

Vejo com muito otimismo o futuro da nossa profissão. Sinto que, diante das questões anteriormente apontadas, somos cada vez mais viáveis e necessários diante de tantas demandas reais e oportunidades de trabalho nos aguardando.

Criar com responsabilidade, senso ético, dignidade, humildade e generosidade requer esforços intelectuais incansáveis. É preciso muito otimismo, caráter e lisura ética e moral para suplantar o pessimismo oportunista disseminado por aqueles que, não sabendo lidar com a complexidade, se deixam levar pelas soluções perigosamente superficiais.

Para tal, o fortalecimento ético da nossa categoria passa, também pelo nosso necessário trabalho na política profissional, revisando e divulgando os princípios da moral e da ética, tantas vezes, deixados de lado na concorrência imposta pela urgência superficial das decisões. A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os outros relações justas e aceitáveis e está fundamentada nas idéias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.

6) O quê você pretendia fazer quando se formou? Você fez? Decepções e realizações ao longo desse período?

Fiz e estou fazendo todas as coisas que me fizeram e me fazem feliz profissional e pessoalmente. Desde a minha formatura, sempre idealizei trabalhar com projeto e obra. A dinâmica do canteiro de obras sempre me seduziu. Seus problemas e suas grandes soluções. A possibilidade singular de acompanhar e participar ativamente da construção dos sonhos das outras pessoas. E penso que foram estas decisões de sempre ver a arquitetura como projeto e obra que me levaram, posteriormente, ao trabalho docente nas universidades (UniRitter, PucRS e Ulbra).

7) O que é CREA? O que você pensa sobre?

O Crea é conselho regional que regulamenta, fiscaliza e organiza as atribuições das profissões que ele representa. Penso que seja necessário a existência de um fórum de regulamentação da profissão. Apenas penso, também, que um conselho específico de arquitetura, certamente, nos permitirá maior representatividade e fortalecimento da identidade específica do nosso ofício.

8) O que é IAB? Você participa? Ou acha bobagem?

O IAB é o instituto que representa os arquitetos e estudantes de arquitetura perante a sociedade no que se refere as questões específicas da arquitetura. Desde a época em que eu era estudante, nos anos 80, participei ativamente do IAB. Já fiz parte da diretoria durante várias gestões. Hoje ocupo o cargo de Conselheiro Fiscal e Promotor Cultural do IAB.

O IAB é uma entidade sem fins lucrativos que representa os arquitetos de todo o Brasil e que participa politicamente em diversas instâncias de representação, entre elas do CREA do Rio Grande do Sul, através dos conselheiros do CREA, do IAB-DN - Departamento Nacional, através dos conselheiros eleitos por estado e em diversos outros órgãos e entidades.

Podem associar-se ao IAB os profissionais arquitetos (sócios efetivos) e estudantes de arquitetura (sócios aspirantes) através da inscrição e do pagamento da anuidade. É mantido basicamente através do pagamento das anuidades dos seus associados e através de repasses feitos pelo CREA-RS referente à porcentagem da taxa das ARTs destinada as entidades representativas. Sua diretoria no Rio Grande do Sul é eleita a cada 2 anos e são regidas pelo Estatuto do IAB-RS.


Em cada estado, o IAB é estruturado através dos Núcleos, podendo assim estar mais próximo do profissional arquiteto nas suas cidades, participando ativamente das discussões e assuntos relacionados com as diversas regiões do estado. Esses Núcleos são formados por arquitetos das próprias cidades.

9) Sabe a existência do CAU? O que acha? Acha que vai mudar?

Sim. Tenho acompanhado muito de perto as discussões sobre a formação de um conselho próprio para a nossa profissão. Penso que é necessário e irreversível o processo de constituição do CAU, para que tenhamos um conselho específico, capaz de gestionar as questões inerentes ao ofício. A forma como ele funcionará, dependerá sempre da participação ativa de todos nós, estudantes e arquitetos, unidos em torno de um propósito comum, capaz de fortalecer os aspectos gerais da profissão.

10) Quais as coisas boas e ruins profissionais vivenciadas desde a formatura?

Tenho uma visão muito positiva da profissão. De um modo geral, a arquitetura tem me proporcionado momentos e oportunidades pessoais e profissionais muito boas. Se eu tivesse que escolher hoje uma profissão, escolheria a arquitetura.

11) Você vai nas obras? Ou acha que isso é para a Engenharia?

Sim. Para mim, a arquitetura se consolida a partir da existência real daquilo que pensamos. Reconheço que a existência virtual das idéias, também, deve ser elevada ao patamar da arquitetura, mas me realizo mesmo diante do acompanhamento das obras que projeto e do prazer imensurável de ver a vida acontecendo dentro de cada um destes espaços. Obra é coisa de arquiteto.

12) Que conselho você daria para um estudante de arquitetura?

Estudar e pesquisar muito. E sempre!! Desenhar muito para apreender as particularidades do mundo que nos cerca. Propor, ter idéias, mas acima de tudo muita coragem, pois a coragem nos dá a base sólida para sabermos superar todas as dificuldades que virão. Coragem para agüentar e durar, coragem para viver, coragem para suportar, para combater, para enfrentar, para resistir, coragem para perseverar. A coragem não se refere apenas ao futuro, ao medo ou à ameaça. Refere-se, também, ao presente, e sempre está ligada à vontade, muito mais do que à esperança. Afinal, só esperamos o que não depende de nós, só queremos o que depende de nós. É por isto que a esperança, ao meu ver, só é uma virtude para aqueles que aguardam imóveis a chegada de tudo, ao passo que a coragem é uma virtude para qualquer um. A coragem não é um saber, mas uma decisão. Não é uma opinião, mas uma atitude.

13) Qual o papel de arquiteto na sociedade?

Penso que esta pergunta já foi, em parte, respondida na questão número 4.

14) Qual faculdade se formou? Quanto tempo de arquitetura você já tem?

Me formei na Ulbra em 1988, portanto, neste ano completo 22 anos de ofício diário e prazeroso!!

sábado, 8 de maio de 2010

Projeto de Produto Industrial

Especialização FauPucRS

Estão abertas as inscrições para o curso de especialização em Projeto de Produto Industrial, na FauPucRS.

Entre 1985 e 1998, a PUCRS investiu e consolidou a imagem de referência institucional no design industrial, ferramenta importante para o desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico, no cenário de globalidade.

Como ação principal no campo do design, a PUCRS manteve em funcionamento, desde agosto de 1985, o Curso de Pós-Graduação em Design Industrial / Especialização em Projeto de Produtos, decisão fundamentada em solicitação expressa do Sistema FIERGS, com apoio financeiro e institucional CNPq/CAPES, ao longo das seis primeiras edições do Curso (1985-1991), através de concessão de bolsas aos alunos selecionados para o curso e indicados pela coordenação.

Para sedimentar a imagem construída e voltar a ocupar o nicho conquistado na década passada, buscando retomar a excelência em campos específicos, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS oferece uma versão atualizada para o novo Curso de Pós-Graduação em Design / Especialização em Projeto de Produto Industrial, hoje com suporte significativo ao empreendedorismo, orientado para a prática da inovação, através do design.

Design é um meio de transformar idéias em negócios. É um agente de materialização de tecnologia, viabilizando industrialmente uma inovação. É a função design que agrega valor a um produto, através da transformação, de forma equilibrada e racional, de recursos naturais em bens que atendam necessidades humanas, com qualidade.

Objetivos: Especializar o aluno para atuação na busca de novas soluções de produtos em segmentos da indústria de transformação, seja individualmente, seja em equipes de conceituação e/ou desenvolvimento de produtos seriados.

Início do Curso: 04 de junho de 2010

Períodos e Carga Horária: Sextas-Feiras: 17h30min às 19h10min - 19h30min às 20h50min - 21h10min às 22h45min e Sábados: 08h às 12h

Público-alvo: O Curso se destina a profissionais graduados, envolvidos com concepção e desenvolvimento de produtos, em especial designers, arquitetos e engenheiros.

Inscrições: 01 de março a 14 de maio de 2010
Vagas: Turma de 25 alunos
Matrículas: 17 a 29 de maio de 2010

Corpo Docente:

- Berenice Dedavid, Dr. (PUCRS)
- Carlos Crespo Isquierdo, Ms. (PUCRS)
- Edir dos Santos Alves, Dr. (PUCRS)
- Gabriela Cardozo Ferreira, Dr. (PUCRS)
- Marcelo Martel, Dr. (PUCRS)
- Marcio Rosa D´Avila, Dr. (PUCRS)
- Mario dos Santos Ferreira, Dr. (PUCRS)
- Marli Elizabeth Ritter dos Santos, Dr. (PUCRS)
- Paulo Ricardo Bregatto, Me. (PUCRS)
- Paulo de Tarso da Silveira Muller, Me. (PUCRS)
- Raquel Lima, Dr. (PUCRS)
- Tomás Edison de Oliveira Lima, Dr. (PUCRS)

sábado, 1 de maio de 2010

Parallel Nippon

Arquitetura Contemporânea Japonesa 1996 - 2006

O Escritório Consular do Japão em Porto Alegre e a Fundação Japão, com o apoio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS, apresentam a Exposição: "Parallel Nippon - Arquitetura Contemporânea Japonesa 1996 - 2006".

A Mostra é composta por mais de cem painéis fotográficos, representando quatro seções temáticas: Ciclo Urbano, Ciclo da Vida, Ciclo da Cultura e Ciclo da Habitação. A exposição também conta com 12 maquetes e vídeo.

Abertura: dia 29 de abril de 2010 (quinta-feira, às 19h)
Visitação: de 30 de abril a 18 de maio de 2010
Horário: das 9h às 21h
Local: Átrio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681 – Prédio 9 - Entrada Franca)
Informações: (51) 3334-1299