sexta-feira, 5 de junho de 2015

Teoria x Prática

Relatório britânico diz que universidades estão falhando em preparar seus estudantes de arquitetura para a vida profissional.

As universidades britânicas estão falhando em equipar seus estudantes com as ferramentas necessárias para a prática arquitetônica, segundo o uma pesquisa realizada pelo RIBA. Dos 149 empregadores e 580 estudantes e recém-formados em arquitetura que participaram da pesquisa, a grande maioria criticou a formação arquitetônica por priorizar o "conhecimento teórico em vez da habilidade prática" e concorda que a maior parte dos graduandos não são muito bem preparados para trabalhar após saírem da universidade.



"Não consigo pensar em nenhuma outra profissão onde os recém-formados têm que esperar uma década ou mais para receberem responsabilidades significativas, pois eles não adquirem as habilidades básicas na universidade”, disse Yarema Ronish, diretor do escritório Richard Morton Architects.

De acordo com a pesquisa, 80% dos empregadores e 73% dos estudantes concordam que recém-formados carecem das habilidades práticas necessárias para a prática da arquitetura. Além disso, 79% dos empregadores e 77% dos estudantes acreditam que deveria ser dedicado mais tempo à prática durante a formação, garantindo que os jovens arquitetos estejam mais "prontos para o trabalho" quando ingressam nos escritórios.

O custo da educação e os baixos salários iniciais também foram temas de preocupação em ambos os grupos entrevistados.

"Os empregadores precisam competir com as propostas de salário oferecidas em outras áreas, caso contrário, corremos o risco de desvalorizar nossa indústria em termos de pagamento e qualidade das condições de trabalho", disse Jenny Dobson, Coordenadora de Pesquisa de Mercado do RIBA Enterprises.

Uma interessante lacuna de uma geração inteira em termos de habilidades importantes necessárias para garantir um emprego foi também destacada pela pesquisa, apenas um terço dos estudantes e recém-formados considerou o desenho à mão uma habilidade desejável, comparados com 70% dos empregadores. Por outro lado, o domínio de ferramentas 2D e 3D foi considerado importante por ambos os grupos.

E o caso do Brasil? Estariam as universidades focando demais no conhecimento teórico e deixando de lado as implicações práticas da disciplina? Ou ao contrário, não nos faltam aqui mais investidas teóricas para equilibrar o ensino da arquitetura? Essas questões certamente variam em cada instituição, mostrando panoramas bastante diversos dependendo do caso estudado.

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/761895/relatorio-britanico-diz-que-universidades-estao-falhando-em-preparar-seus-estudantes-de-arquitetura-para-a-vida-profissional

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