sábado, 31 de outubro de 2009

Halloween

Não tenho bem certo na minha lembrança de antigamente, principalmente na minha distante infância, a comemoração do Dia das Bruxas. Os primeiros registros que tenho na minha memória são de um tempo bem mais próximo de mim, de algumas festas universitárias bem movimentadas e nada assustadoras.

Desde que o Pedrinho foi para a escola, esta festa passou a fazer parte do nosso calendário anual e pode-se dizer que dentre todas as comemorações do ano, esta tem um significado bem importante para ele. Para não passar muita vergonha diante daquelas perguntinhas básicas de criança sobre o assunto, fui fazendo uma pesquisa superficial sobre o tema.

Como quase tudo que faz parte da cultura de povos distantes, o Halloween chega para nós, carregado de distorções simbólicas e culturais que fazem a brincadeira, sob certo ponto de vista, até mesmo perder um pouco da graça. Mas como, a final de contas, para uma criança, a graça não está no rigor científico dos fatos, mas sim na dimensão do divertimento que traz, pouco importa o quanto perto ou longe estamos do seu real significado.

O Halloween é uma festa comemorativa celebrada todo ano no dia 31 de outubro, véspera do dia de “Todos os Santos”. Ela é realizada em grande parte dos países ocidentais, porém é mais representativa nos Estados Unidos. Neste país, levada pelos imigrantes irlandeses, ela chegou em meados do século XIX.

A Irlanda é considerada o berço da tradição do Halloween, as pessoas comemoram construindo fogueiras, no caso, os adultos, pois as crianças andam nas ruas exclamando o famoso trinks or treats, que traduzido significa doces ou travessuras.

A história desta data comemorativa tem mais de 2.500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditava que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam nas casas objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.

Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição. Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).

Essa festa se refere ao dia de todos os Santos e simultaneamente ao dia de finados. Geralmente o Halloween é mais difundido em países de língua anglo-saxônica, os países de língua hispânica não celebram essa festa, e sim o dia dos mortos, no oriente médio esse período é marcado pela tradição e crença popular. Na Espanha, assim como no Brasil, é comemorado o dia de todos os santos, a data destinada a esse evento é o dia 1 e 2 de novembro, sendo respectivamente comemorados o dia de todos os santos e finados, no último as pessoas tributam os mortos levando flores aos túmulos.

Em declaração feita no ano de 2009, o Vaticano condenou o Halloween como uma festa perigosa carregada por vários elementos anticristãos. No Brasil, observamos que algumas pessoas torcem o nariz para a comemoração do evento por entendê-lo como uma manifestação distante da nossa cultura. No fim das contas, muito se diz a respeito, mas poucos são aqueles que examinam minuciosamente os significados e origens de tal festividade.

Desde a Antiguidade, observamos que várias festividades populares eram cercadas pela valorização dos opostos que regem o mundo. Um dos mais claros exemplos disso ocorre com relação ao carnaval, que antecede toda a resignação da quaresma. No caso do Halloween, desde muito tempo, a festividade acontece um dia antes da festa de todos os santos e, por isso, tem seu nome inspirado na expressão All hallow's eve, que significa a “véspera de todos os santos”.

Pelo fato do 1 de novembro estar cercado de um valor sagrado e extremamente positivo, os celtas, antigo povo que habitava as Ilhas Britânicas, acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o halloween nasce como uma preocupação simbólica onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas.

No processo de ocupação das terras européias, os povos pagãos trouxeram esta influência cultural em pleno processo de disseminação do cristianismo. Inicialmente, os cristãos celebravam a todos os santos no mês de maio. Contudo, por volta do século IX, a Igreja promoveu uma adaptação em que a festa sagrada fora deslocada para o 1 de novembro. Dessa forma, os bárbaros convertidos se lembrariam da festa cristã que sucederia a antiga e já costumeira celebração do halloween.

Por ter essa relação intrínseca ao mundo dos espíritos, o halloween foi logo associado à figura das bruxas e feiticeiras. Na Idade Média, elas se tornaram ainda mais recorrentes na medida em que a Inquisição perseguiu e acusou várias pessoas de exercerem a bruxaria. Da mesma forma, os mortos também se tornaram comuns nesta celebração, por não mais pertencerem a essa mesma realidade etérea.

A celebração do Halloween remete a uma série de antigos valores da cultura bárbaro-cristã que se forma na Europa Medieval. Nessa época, várias outras festas celebravam o processo de movimentação do mundo ao destacar os opostos que configuravam o seu mundo. No jogo de oposições simbólicas, mais do que o valor de um simples embate, o homem acaba por visualizar a alternância e a transformação enquanto elementos centrais da vida.

Como toda manifestação cultural, muitos s~imbolos são utilizados para expressar seus vários significados. Entre os mais conhecidos estão:

Bruxas: são as principais simbologias desta festa. Reza a lenda que as bruxas participavam de festas realizadas pelo diabo que normalmente eram realizadas em 30 de abril e 31 de outubro. Tal crença chegou aos Estados Unidos por seus colonizadores e a partir daí se espalhou por todo o mundo tomando várias formas e estórias diferentes.

Abóboras e velas: as abóboras simbolizam fertilidade e sabedoria enquanto as velas servem para iluminar o caminho dos espíritos. Conta a lenda que a prática de cortar a abóbora e colocar uma vela acesa dentro dela surgiu da estória de Jack, homem que gostava muito de beber que se encontrou com o diabo no dia em que bebeu em demasia. Esperto, aprisionou o diabo em vários locais até o dia em que de tanto beber morreu. Sua entrada no céu foi negada e no inferno também já que humilhava o diabo em vida. A partir daí, a alma de Jack passa a perambular pelo mundo. As abóboras iluminadas então passaram a ser utilizadas por Jack para fugir da escuridão e iluminar seu caminho.

Gato Preto: é um símbolo ligado às bruxas, pois estas conseguem se transformar em gatos. Outras superstições acerca dos gatos são que estes são fontes de azar e que também são espíritos de pessoas mortas.

Travessuras ou gostosuras: é uma brincadeira existente desde o século IX. Neste período as pessoas faziam os “bolos das almas” com massa simples e cobertura de groselha para entregar às crianças que devidamente fantasiadas batiam de porta em porta para pedir os bolos. Em troca de cada pedaço de bolo, a criança se compromete a rezar pela alma de um parente de quem lhe ofereceu.

Morcego: por ter uma visão aguçada, simboliza a visão que ultrapassa as aparências e consegue ver o íntimo das pessoas.

Maçã: fruta associada aos deuses do amor, é utilizada na festa como símbolo de vida.
Origem Pagã

A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 a.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades.

Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela. Tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam início ao ano novo celta.

A “festa dos mortos” era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam “o céu e a terra” (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrava com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como “médiuns” entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.

A origem católica desta comemoração vem desde o século IV, quando a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar “Todos os Mártires”. Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (panteão) num templo cristão e o dedicou a “Todos os Santos”, a todos os que nos precederam na fé.

A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III mudou a data para 1 de novembro, que era o dia da dedicação da capela de “Todos os Santos” na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de “Todos os Santos” fosse celebrada universalmente.

Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e “All Hallow Een” até chegar à palavra atual “Halloween”.

Posto que, entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês), acredita-se que assim se deu origem ao nome actual da festa: Hallow Evening - Hallowe'en - Halloween. Rapidamente se conclui que o termo "Dia das bruxas" não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua (oficial) portuguesa.

Outra hipótese é que a Igreja Católica tenha tentado eliminar a festa pagã do Samhain instituindo restrições na véspera do Dia de Todos os Santos. Este dia seria conhecido nos países de língua inglesa como All Hallows' Eve.

A relação da comemoração desta data com as bruxas propriamente ditas teria começado na Idade Média no seguimento das perseguições incitadas por líderes políticos e religiosos, sendo conduzidos julgamentos pela Inquisição, com o intuito de condenar os homens ou mulheres que fossem considerados curandeiros e/ou pagãos.

Todos os que fossem alvo de tal suspeita eram designados por bruxos ou bruxas, com elevado sentido negativo e pejorativo, devendo ser julgados pelo tribunal do Santo Ofício e, na maioria das vezes, queimados na fogueira nos designados autos-de-fé.

Essa designação se perpetuou e a comemoração do halloween, levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses (povo de etnia e cultura celta) no século XIX, ficou assim conhecida como "dia das bruxas", uma lenda histórica.

Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens. Só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos.

De qualquer forma, esta festa entrou na minha vida junto com as brincadeiras de escola do Pedro. Todo ano, nesta época, temos que juntar alguns trapos assustadores para fazer uma fantasia que reúne, um pouco de Drácula, Zorro e uniforme escolar. Tudo bem. Neste caso não é a fantasia externa que veste o corpo que faz a diferença, mas sim a fantasia interna de cada um, combustível indispensável para a fabricação de todos os nossos sonhos!!

Nesta semana, Pedrinho saiu de casa bem orgulhoso com sua fantasia estilizada e carregando uma linda abóbora cor de laranja de plástico cheinha de doces para as brincadeiras da escola. Antes de passar pela porta de casa, se olhou no espelho e ensaiou, sussurrando palavras indecifráveis, algumas caretas “assustadoras”. Envolvido pelo astral da brincadeira, já que eu o levaria para escola naquela tarde, cheguei a lhe perguntar se eu não poderia improvisar rapidamente uma fantasia e entrar com ele na escola disfarçado. Sem querer me magoar, como sempre, ele me disse que aquela era uma festinha somente para crianças matriculadas na escola e que não ficaria bem um adulto fantasiado participar dela... Vendo-o entrar triunfante no portão da escola toda decorada externamente para a festa, fiquei imaginando feliz pelo lado de fora do portão, todas as alegres brincadeiras que ele participaria ao longo daquela tarde. Quando a porta da escola fechou eu fui trabalhar... Cada um com o Halloween que merece...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Turma,

Espero que todos estejam super bem!!

Obrigado pelo retorno da mensagem sobre a troca do dia da nossa próxima aula de campo. De fato, não tinha mesmo me dado conta do feriadão!! Passamos, então, a nossa próxima aula de campo, do dia 31 de outubro para o dia 14 de novembro (sábado). Para que possamos ter a nossa última aula do semestre no atelier, vamos passar a aula do dia 11 de novembro (quarta-feira) para o dia 18 de novembro (quarta-feira). Neste último encontro vamos trabalhar com o desenho de projeção colaborativo (todos fazendo o desenho de todos!!)!

Vai ser bem legal!!
Super abraço e ótima semana!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Enad 2008 - FauUlbra

Mesmo que não tenhamos ficado nada satisfeitos com o resultado do Enade, certamente, já esperávamos por índices assim tão baixos. Uma análise menos emocional dos fatos nos coloca diante de um diagnóstico de perdas contínuas muito graves para a nossa escola nos últimos tempos. Desde 2005, quando fomos surpreendidos com a redução do curso de 6 para 5 anos, externamos nossa extrema preocupação com os desdobrados desta redução de carga horária na linha do tempo, considerando os efeitos nefastos desta atitude na formação dos alunos. Efeitos já vislumbrados naquele nem tão distante ano e que agora mostram-se comprovados em dados nas nossas mãos.

Estes alunos que prestaram o Enade em novembro do ano passado (2008) foram aqueles que sentiram na pele a redução de carga horária e a perda de conteúdos desta transformação curricular, pois entraram com um currículo pleno e sofreram - muitos sem sentir ou entender seus efeitos - esta drástica alteração. Imaginar que esta decisão de redução de cargas horárias não traria prejuízos graves à formação do aluno e, consequentemente, à qualidade do curso era, no mínimo, não entender como se processam, na linha do tempo, as questões didático e pedagógicas num curso universitário.

Por esta razão, entre outras, naqueles idos de 2005 para 2006 nos manifestamos tão enfaticamente contrários com relação a forma como esta redução de tempo e conteúdo estava acontecendo. Principalmente, considerando que não houve nenhuma participação do corpo docente da FauUlbra. Finalizamos um semestre com um curso de 6 anos e iniciamos o outro com um curso de 5 anos (a proposta chegou a ser de 4,5 anos). A pergunta que sempre no fizemos naquele momento era: onde foram parar 2 semestres de conteúdos e de experiências acadêmicas? Perdemos um ano de conteúdos, experiências didáticas e muitas disciplinas. Não foram poucos os esforços contínuos para tentar realocar estes conteúdos nas disciplinas remanescentes.

Como se isto somente não bastasse para disparar uma grande preocupação, fomos envolvidos por um sistema pouco inteligente de compratilhamento de disciplinas com outros cursos, muitos deles sem a mínima relação de parentesco intelectual, ideológico e acadêmico com a arquitetura e o urbanismo, fato que sempre impediu uma discusão mais aprofundada sobre as questões inerentes ao nosso ofício dentro das salas de aulas.

Somente este breve diagnóstico já deveria nos colocar num estágio de alerta e atenção triplicada.

Não obstante a estes fatos, fomos tomados pela crise absurda que a nossa universidade viveu ao longo do ano que passou (2008) e parte deste ano (2009). Administração temerosa, falta de pagamentos dos salários, greves gerais, escandalos nos jornais, entre outros fatos desagradáveis, cujo efeito na comunidade foi devastador. Para grande parte dos nossos alunos, muito preocupados com a qualidade do ensino e com os rumos do curso diante da redução das cargas horárias e da crise, este fato foi determinante, não só para a desmotivação diante da prova do Enade (mesmo com todos os investimentos internos de conscientização) mas, também, principalmente, para a triste opção de troca de universidade. Justamente num momento em que a nova coordenação do curso, que iniciou seu trabalho ainda no primeiro semestre de 2006, tinha conseguido, com um trabalho heróico, resgatar muitos alunos que já estavam em processo avançado de evasão.

Infelizmente, esta sucessão de fatores negativos aconteceram justamente num momento em que o curso alçava um voo mais tranquilo de resgate da qualidade e da dignidade acadêmica, tão sucateada em outras épocas. Lembro, fundamentamental, da euforia dos professores do curso e da coordenação quando em 2007/2 fora conseguido o tão esperado estancamento da diminuição constante de alunos, num momento em que a nossa escola iniciava, então, um processo lento e gradual de crescimento.

Nossa situação hoje é diferente e bastante preocupante. Como sabemos, diante dos índices de entrada e saída dos alunos, tínhamos em 2004/2 um confortável número de 505 alunos (apenas 95 alunos menos que a nossa capacidade máxima de 600 alunos), para um número alarmante de 231 alunos matriculados em 2009/2. Um rápido cálculo nos coloca diante de uma situação altamente preocupante de possível fechamento do curso nos próximos semestres, principalmente se este número cair abaixo de 100 alunos, número definido pela universidade como sendo dos cursos em extinção.

A situação é, de fato, emergencial. E como tal, ao meu ver, deve ser tratada, exigindo da alta cúpula da universidade uma cumplicidade e a contra partida para o processo de saída desta grave crise. Temos que ter uma ação pró-ativa diante deste momento delicado, nos colocando como precursores deste processo de virada de mesa. Apenas, temos que ter o cuidado para não remarmos solitários em mares revoltos tendo aquele desagradável sentimento de que tudo o que fizermos não bastará para navegarmos para mares tranquilos.

Para tal temos que compreender que esta crise não reside somente nas nossas ações docentes, mas num conjunto de ações que deverão envolver diretamente a universidade e seus novos e bem intencionados comandantes. Até onde podiamos ir, remando contra a maré, penso que já fomos. Neste sentido penso que a crise vem em boa hora, pois será ela, ao meu ver, o trampolim necessário para que possamos sensibilizar a administração geral da universidade de que alguns investimentos devem ser feitos em nosso curso. O que listo a seguir, de forma completamente desordenada e sem compromisso com uma linha de prioridades, é o que eu penso que temos que formatar com certa urgência, para iniciarmos um processo de discussão com a reitoria.

Ainda acredito muito naquele projeto de curso expesso naquela planilha que tratava especificamente da sequência de projetos (documento apresentado no seminário interno de dezembro de 2005). Neste momento penso que podemos propor sua ampliação para abranger todas as disciplinas do curso, com o propósito de termos um mapa fiel da situação atual das disciplinas, para então, iniciarmos um processo de revisão de conteúdos e planejamentos para o futuro.


Antes disto, talvez, seja fundamental resgatar a discusão com relação a formação das características específicas do nosso curso. Quem são os nossos alunos? Que tipo de formação queremos e podemos lhes dar? Qual o perfil do arquiteto que queremos formar? Qual será o diferencial que a FauUlbra apresentará ao mercado?

Diante destas definições elementares penso que temos que retomar a discussão e confecção de um documento que torne compreensível o que queremos e onde queremos chegar! Este documento, revisado, reescrito, reinventado deve ser o nosso Projeto Pedagógico de Curso, tão importante, ao meu ver, como documento agregador das discussões do curso, sem o qual, continuaremos ineficientemente fazendo pequenas cirurgias estéticas corretivas num corpo agonizante.

Pouco nos adianta intervir nas disciplinas sem que tenhamos uma filosofia de ensino nos movendo em alguma direção. Também, acho importante a proposição de um passeio pelas disciplinas (passeio real ou virtual) para que possamos ter a visão precisa do curso como está.

Em consequencia disto, e somente assim, temos que revisar cada disciplina a partir dos seus conteúdos, objetivos de formação, exercícios e bibliografia. Me preocupo muito também, pois não acredito neste sistema, com o compartilhamento de algumas disciplinas, principalmente considerando que o conteúdo delas não devem estar distanciados da sua aplicação direta e, portanto, reunir alunos com o mesmo interese e com a mesma formação torna-se fundamental.

Novos investimentos em bibliografias atuais, equipamentos, softwares atualizados, laboratórios, são ações que devem ser efetivamente tomadas. Fico pensando que temos que achar também uma saída para a manutenção dos pré e co-requisitos. Fica muito difícil armar algumas estratégias pedagógicas sequenciais diante do fato de que o nosso aluno transita pelas disciplinas sem muita ordenação e com muita liberdade de escolha.

Temos também que revisar e ou propor um novo marketing de prospecção de alunos. Seria bem legal ter um dado estatístico nos mostrando quantos dos nossos alunos são oriundos da rede de ensino fundamental das escolas da Ulbra. Ou, pelo menos, ter o dado de quantos alunos que cursam o Técnico em Edificações do Colégio Cristo Redentor (Ulbra) se matriculam no nosso curso de Arquitetura e Urbanismo.

Para tanto, sinto que torna-se novamente importante resgatar a idéia de um banco de horas (se é que dá para chamar assim) passível de remunerar os professores que estarão participando efetivamente deste processo de revisão curricular nos vários estágios sistêmicos e complementares em que esta revisão geral estiver ocorrendo. Nosso estágio de crise não nos permite mais conduzir o planejamento do curso movidos fragilmente somente com aquilo que o professor pode nos disponibilizar de tempo extra-classe não remunerado ou somente nos períodos de recesso escolar. Temos tentado operar desta maneira e nossos resultados tem sido pouco expressivos. Para auxiliar bastante neste processo de revisão geral do curso temos que pensar numa coordenação acadêmica que paralelamente ao diretor do curso possa operar estas alterações juntamente com os professores das disciplinas e com os alunos.

Cheguei a pensar em listar outros tantos assuntos referentes especificamente ao trabalho final de curso (Atelier 1 e 2), mas no final achei que outros tantos assuntos devem ser revistos antes que tenhamos a preocupação pontual sobre uma ou outra disciplina. Embora devo registrar aqui a minha preocupação para com os rumos dos TC´s diante dos últimos fatos do semestre.

Sei que os assuntos parecem absurdos quando listados assim sem um mínimo de critério, planejamento ou prioridades, mas optei em listar os assuntos de acordo como eles apareceram nesta minha reflexão sobre a situação atual da nossa escola.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Margs

Turma,

Lhes enviei agora por e-mail um material "extra" sobre o Margs. Mesmo não fazendo parte do nosso tema "Torres dos Sonhos", aquela visita ao terraço foi tão inspiradora que resolvi mandar umas imagens para vcs!!

Já fiz o agradecimento em nome da nossa turma do Clube do Desenho para a Sra. Clesi, que nos recebeu tão gentilmente, e no total improviso!!

Aproveito para lhes fazer uma consulta sobre o nosso cronograma. Temos uma outra aula de campo agendada para o dia 30 de outubro (sábado) na Torre da Hidráulica do Moinhos de Vento. Esta aula é imperdível, pois o lugar é maravilhoso e é a nossa última aula de campo!! Não me dei conta que esta data coincide com o feriado do dia 02 de novembro e não sei qual será a programação de vcs para este feriadão!! Eu vou ficar na cidade!! Mas aguardo um retorno de todos para a gente ver se mantemos esta data ou se escolhemos outra!!

A aula de sábado passado foi perfeita!! O dia foi mais perfeito do que poderíamos imaginar, principalmente, considerando a chuvarada de sexta-feira, no final da manhã! Até o sol veio nos visitar!! Cumprimos com o nosso roteiro de trabalho e tivemos a oportunidade de avançar um pouquinho mais com a super visita ao Terraço dos Torreões do Margs, graças a simpatia e boa vontade da coordenadora de extensão cultural, Sra. Clesi Eliza Bozzetto, e ao Cais do Porto!!

Estou com todas as nossas fotos, dos dois encontros, para disponibilizar para todos, mas somente em algum encontro festivo promovido pelo Clube do Desenho!!

Valeu!!
Espero que todos estejam super bem!!
Super abraço,

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Torres dos Sonhos

Queridos amigos,

Neste próximo sábado (17 de outubro, das 8:30h às 12:00h) teremos a nossa segunda aula de campo.

Dando seguimento ao tema "Torres dos Sonhos", desta vez vamos estudar a Torre do Relógio do Memorial do Rio Grande do Sul (antigo prédio dos correios). Coloquei no GGlabFau o material da aula + uma imagem de referência para aquecimento dos motores.

A previsão do tempo informa uma frente fria chegando nas próximas horas, o que poderá ocasionar chuvas de primavera de hoje até sexta-feira. A previsão aponta dia nublado para o sábado. Estou negociando fortemente com os meus contatos divinos para não termos chuva, portanto, peço ajuda, principalmente para aqueles que "ainda não viram Jesus" que façam uma forcinha para que tudo fique lindo para o sábado!!

Volto a contatar vcs na sexta-feira para confirmação!! Tomara que o tempo fique firme, pois já estou com saudade das nossas aventuras gráficas pela cidade.

Afiem seus materiais de desenhos e vamos partir!! O Clube do Desenho volta a se reunir nos cafés do centro da cidade (quem sabe no café do Margs?)!!

Espero que tudo esteja super bem com todos!!
Super abraço com a expectativa de encontrá-los novamente (temos que arrastar a Bia)!!